Durante uma operação na Zona Oeste da cidade, realizada em 3 de abril, a Polícia Federal resgatou uma mulher, de 62 anos, que trabalhava em situação análoga à escravidão. A ação contou com a participação do Ministério Público do Trabalho (MPT-RJ).
Segundo o site G1, a mulher trabalhava para uma mesma família há 15 anos, sem direito a descanso semanal, folgas ou férias. Ela também não manteria relações de amizade ou afeto fora do ambiente de trabalho.
De acordo com o MPT, a mulher tinha carteira de trabalho e recebia salários, mas a sua conta bancária tinha uma senha compartilhada com o patrão, que foi preso em flagrante.
Ainda segundo as autoridades, a mulher trabalhava, das 6h às 21h – o que da uma média de 15 horas diárias — mesmo sendo portadora de vários problemas de saúde.
“Por tudo isso, tem-se que ela era submetida a condições de vida e trabalho degradantes, incompatíveis com respeito a sua dignidade humana”, afirmou o procurador do Trabalho, Thiago Gurjão, que participou da operação, segundo o G1.
A patrão da mulher firmou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o MPT, no qual se prontificou a pagar todos os direitos trabalhistas, indenização por danos morais, além de um valor mensal para garantia de subsistência da trabalhadora por toda a vida.