Neste momento, encontro-me na maca de uma clínica ayurvédica, recebendo uma massagem de uma terapeuta indiana. Estou imersa na medicina ancestral conhecida como Ayurveda. A massagem que estou recebendo também segue os princípios ayurvédicos.
À medida que passo por esse momento, uma profunda sensação de gratidão se instala em mim. Agradeço por poder vivenciar essas curas e transformações, tornando-me mais livre. Mas livre para quê? Como aproveitar essa liberdade?
A liberdade nos permite despertar e reconhecer nossos dons, forças, habilidades e potenciais. Muito se fala sobre propósito, porém, acredito que o verdadeiro propósito só se revela por meio da transformação. É necessário deixar para trás antigas concepções de quem pensávamos ser, enfrentar perdas, renúncias, quedas, erros, desafios, frustrações e enganos.
Concordo plenamente com Caetano Veloso quando diz: “Cada uma sabe a dor e a delícia de ser o que é. Só cada uma de nós sabe o que se sente.”
Compartilho isso com você para encorajá-la a não desistir da jornada de autotransformação, a expressar quem você é verdadeiramente, a descobrir suas paixões e com quem deseja compartilhar sua vida. Não desista até encontrar o que é genuinamente seu, pois é nessa jornada que você aprenderá a se amar, a amar a vida e, consequentemente, a amar o próximo.
À medida que você se dedica a essa busca interna, descobrirá que possui uma força muito maior do que imaginava, uma força que não se baseia nas definições convencionais, mas sim na coragem e na bravura de ser única.
Você é uma pessoa única, com dons especiais, e sua vida só terá sentido pleno quando você viver em sua potência máxima, consciente e presente. Não vejo nada de errado em buscar conquistas materiais, relacionamentos ou prazeres mundanos, mas isso não pode ser tudo. Cada uma de nós tem um potencial ilimitado esperando para ser despertado.
Algumas chamam isso de propósito, outras de missão. Na filosofia indiana, é chamado de Dharma. Trata-se de manifestar quem somos e o que viemos fazer neste mundo.
Portanto, quando encontrar dificuldades em sua jornada, pare para refletir. Será hora de mudar de rumo, fazer ajustes ou simplesmente aceitar que essa fase faz parte do processo? Lembre-se de que nada é em vão. Os momentos mais difíceis geralmente trazem os maiores aprendizados e fortalecem nossa resiliência.
Não tema a sua própria luz. Como diz uma música que admiro: “Eu sei que a escuridão desse casulo assusta, mas é melhor temer a escuridão do que temer a nossa própria luz.”
Viver plenamente significa ser autêntica, consciente e completa. Portanto, não desista de seus sonhos, de si mesma, de sua vida. A fonte de sua paz, alegria e felicidade reside dentro de você, e é isso que dá sentido a tudo.