O Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN) divulgou levantamento especial sobre os índices de pobreza e miséria nos estados brasileiros. O relatório considerou dados da Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A pesquisa traz resultados do ano de 2023. Apesar da queda em relação ao número de pessoas em situação de pobreza e extrema pobreza, o levantamento aponta para uma permanência em termos da alta desigualdade econômica entre os fluminenses. Os indicadores mostram esta tendência à nível nacional.
A métrica para estimar a desigualdade econômica em um determinado grupo social é realizada através do Índice de Gini. Criado pelo matemático italiano, Conrado Gini, este é um instrumento para medir o grau de concentração de renda de uma população, apontando a diferença de rendimento daqueles mais pobres e os mais ricos. Em termos práticos, o Índice de Gini tende a comparar os 20% populacional com o maior rendimento médio mensal com os 20% de menor rendimento médio por mês.
O índice considera valores de zero a um, onde zero (0) representa situação de igualdade, e o valor um (1) expressa o oposto, onde há maior concentração de renda possível. Neste sentido, é similar a métrica utilizada pelo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). O Índice de Gini também é utilizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).
Os dados coletados mostram que o estado do Rio de Janeiro apresentou Índice de Gini de 0,540 em 2023. Entre todas as Unidades Federativas (UFs), o Rio esteve como quarto colocado, superando a média nacional (0,518). Em 2022, ocupou o terceiro lugar no ranking, tendo sido superado pelo Distrito Federal.
Apesar da redução significativa da população em situação de pobreza e extrema pobreza, a região fluminense apresenta um Índice de Gini consideravelmente acima dos demais estados da região sudeste. Afinal, o indicador mostra que o Rio supera o índice de desigualdade apresentado em São Paulo (0,504), Espírito Santo (0,486) e Minas Gerais (0,476). As únicas UFs que superam o Índice de Gini fluminense são o Distrito Federal (0,543), Piauí (0,552) e o estado da Paraíba (0,559).
“Com relação ao Gini, indicador sintético que reúne quatro indicadores de três dimensões, portanto menos sensível a mudanças anuais bruscas, cabe destaque a manutenção do indicador nacional (0,518) e do estado do Rio de Janeiro (0,54). Além disso, tanto a UF de maior concentração de renda (PB), quanto a de menor concentração de renda (SC) tiveram leve piora no indicador de 2022 para 2023”, aponta Jimmy Medeiros,pesquisador no Centro de Pesquisa e Documentação da Fundação Getulio Vargas (FGV/CPDOC).
Desigualdade é uma abstração estatística que o pessoal confunde com miséria ou pobreza.
Pode-se morar numa bela casa e você ter um gol bolinha e o seu vizinho, que ganha o mesmo que ti, ter uma casa melhor e um carro melhor. Existe desigualdade mas não existe pobreza.
A mídia Fluminense não informa a população fluminense do roubo que o Brasil faz ao pegar a esmagadora parte dos lucros do petróleo e gás do Rio de Janeiro, bilhões esses que eram pra estar sendo investido aqui para o nosso povo.