Após 52 anos, a Unidos de Padre Miguel está de volta ao Grupo Especial do Carnaval carioca com um enredo que promete emocionar e encantar. Intitulado “Egbé Iya Nassô”, o enredo conta a trajetória da africana Iyá Nassô e do Terreiro da Casa Branca do Engenho Velho, reconhecido como o mais antigo templo afro-brasileiro ainda em funcionamento, localizado em Salvador.
Idealizado pelos carnavalescos Alexandre Louzada e Lucas Milato, e desenvolvido pelos Enredistas Victor Marques e Clark Mangabeira, o enredo mergulha na história e na tradição afro-brasileira, destacando o legado de Iyá Nassô e o papel fundamental do Ilê Axé Iyá Nassô Oká. “Estamos maravilhados em poder contar a história de Iyá Nassô, a semeadora do culto aos Orixás no Brasil. Este é um enredo que celebra a ancestralidade africana e que consagra o primeiro Ilê plantado em terras brasileiras instaurando a religião do Candomblé”, afirmou Alexandre Louzada.
“O carnaval de 2025 da Unidos de Padre Miguel vem se construindo com muito carinho e respeito aos ancestrais. Desenvolver esse grande EGBÉ, com tanta gente incrível, talentosa e especial, me honra demais. Tenho certeza de que faremos um lindo trabalho”, complementou Lucas Milato.
A escolha do enredo foi precedida por uma visita da comitiva da escola ao lendário terreiro em Salvador, onde foram recebidos com carinho pela Iyalorixa Neuza Cruz de Xangô e demais membros do conselho espiritual da Casa Branca. A aprovação e apoio da Casa Branca foram fundamentais para a realização do projeto, segundo a UPM.
A data de lançamento do enredo foi estrategicamente escolhida para coincidir com o Dia das Mães, em homenagem à Casa Branca do Engenho Velho, conhecida como a “Mãe de Todos os Terreiros”, e a Iyá Nassô, considerada a “Iyá de Todos os Ilês”.