Criada para combater o comércio irregular de peças e carcaças de veículos, a força-tarefa instaurada em agosto de 2023 pelo Governo do Rio de Janeiro já retirou 600 toneladas de materiais de ferros-velhos ilegais.
Peças armazenadas que apresentam risco ao meio ambiente são encaminhadas à reciclagem e, caso sejam ilícitas, à Polícia Civil.
Ainda este ano, a atuação será reforçada com o credenciamento de peças de automóveis. A ação, coordenada pelo Detran, tem a participação das policias Civil e Militar; Corpo de Bombeiros; Instituto do Ambiente (Inea); e Secretaria de Estado de Fazenda.
”O interesse não está em punir os estabelecimentos que comercializam peças usadas de veículos, mas regulamentar os comércios, para que funcionem legalmente. Assim coibimos a venda de materiais procedentes de veículos roubados. Estamos fechando o cerco contra o crime organizado em todas as esferas, sufocando qualquer meio de enriquecimento de quadrilhas, incluindo a venda desses materiais”, diz o governador Cláudio Castro.
Vale ressaltar que, pela primeira vez, o Governo do RJ conta com uma força-tarefa de combate à venda ilegal de peças automobilísticas. Ao todo, foram realizadas 13 ações de fiscalização, resultando na interdição de 29 estabelecimentos que não possuíam credenciamento junto ao Detran. Até o momento, quatro pessoas foram presas pelo crime de receptação qualificada.
De acordo com Daniel Bandeira, corregedor do Detran-RJ, o intuito é diminuir o índice de roubos de veículos e tornar a aquisição das peças usadas um ramo mais seguro , além de dar mais segurança aos cidadãos fluminenses.
”A força-tarefa atua para coibir a venda desse material proveniente de ilícito, sabemos que algumas pessoas morreram e foram feridas nos roubos desses carros. Pensando nisso, desenvolvemos um trabalho de inteligência abastecido por outros órgãos de segurança e já tivemos ótimos resultados, como a apreensão de 148 motores de veículos caros e importados, em Bangu, que totalizaram mais de R$ 6 milhões de prejuízo ao comércio ilegal”, afirma.
Em nove meses de atuação, mais de 110 motores raspados, com características de origem criminosa, foram apreendidos, além de 40 que aguardam perícia. A operação também recuperou quatro veículos de origem criminosa, e centenas de peças sem garantias de procedência foram destruídas.