O Rio de Janeiro, cidade rica em história e opções de lazer, oferece experiências únicas através do transporte público VLT. Desde junho de 2026, o bonde elétrico faz parte do cotidiano dos que circulam pelo centro, conectando pontos turísticos de forma ágil.
Pelos trilhos do bonde contemporâneo, é possível percorrer os principais pontos do centro e região portuária, incluindo o Porto Maravilha, os bairros da Saúde, Gamboa e Santo Cristo, repletos de histórias da Pequena África e da cultura afro-carioca.
O VLT está próximo a diversos outros meios de transporte, como trem, metrô, barcas, porto, ônibus, Terminal Gentiliza e o Aeroporto Santos Dumont, além de teatros, museus e o polo de negócios e entretenimento local.
Pensando nisso, o Diário do Rio selecionou cinco lugares imperdíveis para conhecer através do VLT. Anote no seu roteiro e aproveite para visitar esses locais. É importante verificar os horários de funcionamento dos lugares que você deseja visitar antes de embarcar no transporte.
1. Museu Memorial Pretos Novos
O Museu Memorial Pretos Novos, localizado na Gamboa, é um espaço fundamental para entender e refletir sobre a história do Brasil. Sua missão é pesquisar, estudar, investigar e preservar o patrimônio africano e afro-brasileiro, valorizando a memória e identidade cultural brasileira em Diáspora.
O espaço oferece oficinas, passeios históricos gratuitos pela região e uma galeria de arte contemporânea que promove reflexões sobre questões de direitos humanos, racial e igualdade de gênero. Criada em setembro de 2012, a galeria visa integrar o pensamento artístico contemporâneo com a história local, mudando a cena cultural na Região Portuária.
As visitas são realizadas mediante agendamento e aquisição de ingresso, que pode ser gratuito ou pago, dependendo do dia da visita. O museu está localizado na Rua Pedro Ernesto, 32, Gamboa, próximo à estação do VLT da Praça da Harmonia.
2. Fundação Biblioteca Nacional
Com mais de 200 anos de história, a Fundação Biblioteca Nacional é a instituição cultural mais antiga do Brasil, mesmo antes da constituição do país como nação independente. Reconhecida pela UNESCO como uma das dez maiores bibliotecas nacionais do mundo, também é a maior da América Latina.
O acervo, estimado em cerca de dez milhões de itens, teve origem na antiga livraria de D. José. A coleção de livros surgiu para substituir a Livraria Real, que foi destruída pelo incêndio resultante do terremoto de Lisboa em 1º de novembro de 1755.
A Biblioteca Nacional tem como missão coletar, registrar, preservar e proporcionar acesso à produção brasileira, garantindo a troca de conhecimentos com instituições nacionais e internacionais, além de preservar a memória bibliográfica e documental do país.
Localizada na Av. Rio Branco, 219, com acesso pelas linhas 1 e 3 do VLT, o espaço fica aberto de segunda a sexta-feira, das 10h às 17h. A entrada para visitantes, incluindo visitas guiadas e exposições, encerra às 16h30.
3. Mosteiro São Bento
O Mosteiro de São Bento do Rio de Janeiro foi estabelecido em 1590 por monges vindos do Mosteiro da Bahia em 1589, apenas vinte e quatro anos após a fundação da cidade. Foi a segunda ordem religiosa a se estabelecer no Rio de Janeiro, precedida apenas pelos jesuítas.
Sua história é marcante na cidade, representando um dos maiores patrimônios históricos e religiosos do século XVII. A construção do mosteiro levou mais de 100 anos para ser concluída, apresentando simplicidade e beleza que encanta cariocas e turistas.
A Igreja Abacial está aberta diariamente aos fiéis das 6h30 às 18h30. No entanto, os Ofícios de Vigílias e Completas são restritos ao público externo. Para chegar ao local, basta pegar a linha 1 do VLT. O mosteiro está situado no topo do Morro de São Bento, próximo à Praça Mauá.
4. Paço Imperial
Com a chegada da Corte de D. João VI ao Rio de Janeiro, o Paço Imperial foi designado como sede dos governos do Reinado e do Império. Após a Proclamação da República, passou a abrigar os correios e telégrafos. Em 1938, recebeu o tombamento pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, tornando-se um marco na história cultural da cidade.
Desde 1985, o Paço Imperial é um centro cultural vinculado ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, do Ministério da Cultura, oferecendo exposições durante todo o ano com entrada franca.
Localizado na Praça Quinze de Novembro, 48 – Centro, o edifício foi construído em 1743, inicialmente utilizado como Casa dos Vice-Reis do Brasil. Aberto de terça-feira a domingo, das 12h às 18h. Para chegar ao local, basta pegar as linhas 2 ou 4 do VLT.
5. Theatro Municipal
O Theatro Municipal, inaugurado em 14 de julho de 1909, destaca-se como um dos mais importantes prédios da cidade. Considerado a principal casa de espetáculos do país e uma das mais importantes da América do Sul, foi construído no início do século XX como parte da reforma realizada pelo prefeito Pereira Passos no centro da cidade.
Inicialmente, o theatro funcionou como uma casa de espetáculos, recebendo principalmente companhias estrangeiras. A partir da década de 1930, passou a ter seus próprios corpos artísticos, mantendo atualmente uma orquestra sinfônica, um coro e uma companhia de balé.
Ao longo do tempo, passou por diversas reformas para modernização e adaptações. Oferece visitas guiadas, apresentações pagas e projetos educativos. Os preços são de R$20,00 inteira e R$10,00 meia para a visitação do local. Localizado na Praça Floriano, S/N – Centro, pode ser acessado pelas linhas 1 ou 3 do VLT.
VLT HISTÓRICO E TURÍSTICO – LINHA II
O que fazer neste percurso ?
Chegar à Central do Brasil (inaugurada em 1858) e apreciar o seu belo prédio art Déco de 1940, e o maior relógio de quatro faces do continente sul-americano, é sempre um bom programa.
Já que estamos na Central, que tal pegar o Teleférico da Providência e ir até a estação Cidade do Samba ?
Neste passeio você terá uma vista inusitada do Centro do Rio de Janeiro – é um passeio bate-e-volta…
Primeiro podemos conhecer o Palácio Rio Branco e o Centro Cultural Llight na Rua Marechal Floriano. Em seguida, vemos o Campo de Santana, que é sempre um belo lugar para se fazer uma visita e apreciar as cotias e os gatos…
Depois pode-se fazer um circuito na excelente Biblioteca-Parque Estadual, dar uma passadinha na Igreja de São Jorge, comer aquela esfiha de massa folhada no Restaurante El Gebal (Rua Buenos Aires, no. 328): esfiha de massa folhada só tem lá… (leva algumas pra casa e congela: show de bola !). E visitar o ótimo mercado municipal a céu aberto – o Saara, por que não ?
Prosseguindo, do outro lado do Campo de Santana temos: O Museu e Centro Cultural Casa da Moeda, o Arquivo Nacional, o Museu Histórico do Corpo de Bombeiros, a Gafieira Elite e a Casa Histórica do Marechal Deodoro, o Arquivo Nacional (antiga Casa da Moeda).
A segunda parada desta linha, que sai da estação Central do Brasil, fica na Praça Tiradentes e a partir desta praça pode-se visitar os seguintes locais: o CRAB – Centro de Referência do Artesanato Brasileiro (com o ótimo Artesania Café no segundo andar) e um belo terraço com um jardim vertical, o Centro Cultural Hélio Oiticica, a galeria de artes A Gentil Carioca, o Gabinete Português de Leitura, os Teatros João Caetano, o Carlos Gomes, o Teatro Nelson Rodrigues, a bonita Catedral Presbiteriana do Rio de Janeiro, a Maison Leffié, a Casa do Choro, e andando mais um pouco, a Rua do Lavradio e a Catedral Metropolitana do Rio de Janeiro (com o Museu de Arte Sacra no subsolo – com dias e horários peculiares) na Av. Chile.
Prosseguindo, na terceira estação Colombo, temos a Confeitaria Colombo (óbvio), a Casa Cavé (na Rua Uruguaiana), a Confeitaria Manon, o Espaço Cultural BNDES (shows grátis às Quartas e Quintas-feiras às 19:00 h), o Santuário e o Convento de Santo Antônio e a Igreja de São Francisco da Penitência, o Museu da Polícia Militar, sebos e livrarias do Largo de São Francisco, a Igreja de São Francisco de Paula, a estação do bondinho para Santa Teresa, etc…
E na última estação, Praça XV, aproveitem para conhecer a nova Praça XV e seus arredores…
Há ótimas exposições no Museu Histórico Nacional, o CCBB, a Casa França-Brasil, o Centro Cultural Correios, o Centro Cultural da Justiça Eleitoral, o Paço Imperial, o Fórum do Rio de Janeiro, o Palácio da Justiça, o ótimo Museu Naval (de onde sai o transporte para a Ilha Fiscal, e um passeio de barco até Niterói), o Palácio Tiradentes.
Além disso, a estação terminal desta linha do VLT fica a cinco minutos a pé do Terminal das Barcas para Niterói (cidade repleta de ótimas atrações), para a Ilha do Governador e para a Ilha de Paquetá, e fica perto da Casa Granado, da Igreja do Carmo ou antiga Sé, da Igreja da Ordem Terceira do Carmo, da Igreja da Irmandade da Santa Cruz dos Militares, da Igreja de Nossa Senhora da Lapa dos Mercadores (rua do Ouvidor, no. 35), do restaurante Albamar, agora com mesinhas no calçadão e muitos outros bons restaurantes nas cercanias desta estação, que apresentam vários shows de jazz, samba de raiz e chorinhos a partir de Quinta-feira.
A estação de VLT Saara fica bem próxima à Av. Presidente Vargas, a estação Tiradentes fica quase em frente à Av. Passos, a estação Colombo fica bem na esquina da Av. Rio Branco e a estação Praça XV fica bem ao lado da estação das barcas. O pessoal do VLT acertou em cheio nestas localizações.
Enfim, em minha opinião é uma linha ótima para se percorrer, conhecendo diversas atrações de nossa cidade e gastando muito pouco.
Será que faltou alguma coisa ? Mais dicas, por favor !
P.S.: : Boa dica é pegar o VLT até o Santos Dumont e na lateral do Bossa Nova Mall na Baía da Guanabara pegar um carrinho que comporta seis pessoas até a Marina da Glória grátis…
De lá, na volta, você pode descer nos fundos do MAM, e não precisará atravessar aquela enorme passarela que dá acesso à parte da frente do MAM.
Na saída, pegar o mesmo carrinho até o Santos Dumont e pegar o VLT até o metrô ou o ônibus.
Ou então sair da Marina da Glória e passear no Aterro do Flamengo – depois pegar algum ônibus na Praia do Flamengo, ou mesmo o metrô nas estações Glória, Catete, Largo do Machado ou Flamengo.
E o grande destaque agora é a praia do Flamengo, que agora está limpíssima, pois de 2018 até hoje houve uma redução de coliformes na água da praia de 97%, devido à captação do esgoto que drenava a Praia do Flamengo pelo Rio Carioca, o tratamento do esgoto nas praias da Zona Sul através de emissários submarinos, e a reforma das elevatórias no local.
Claro que saindo do MAM, no início do Aterro do Flamengo, há muitas outras atrações imperdíveis da cidade como a Praça Paris, o Memorial Getúlio Vargas, a Igreja da Glória com seu plano inclinado, o belo Restaurante Casa da Glória – ao lado da igreja, o Palácio do Catete e seus amplos jardins, o belo Museu de Folclore Edison Carneiro, o Castelinho do Flamengo, o icônico Bar Belmonte na Praia do Flamengo, a chiquerézima Casa Julieta de Serpa – um museu com restaurante maravilhoso, o Centro Cultural Futuros, e o Museu das Telecomunicações, o Teatro Manchete, o antigo Restaurante Lamas e tantos outros, a saída da van para o Corcovado na estação Largo do Machado do metrô (de lá dá para se visitar a ótima Casa Roberto Marinho), e mesmo pegar um ônibus até a Urca para curtir o lindo entardecer da Mureta da Urca, regado a bons petiscos e muita cerveja (se for o seu caso), ou até a entrada do Pão de Açúcar na Praia Vermelha.
Nesta mesma Praia Vermelha à esquerda, há a imperdível e bem arborizada Pista Cláudio Coutinho, uma linda caminhada entre a paisagem da Praia Vermelha e o Morro da Urca, margeando esta praia.
O caminho asfaltado – também conhecido como Caminho do Bem-te-vi e Estrada do Costão – tem entrada no final da Praia Vermelha à esquerda e possui 1,25 Km de extensão.
Que carrinho é esse que se pega no Bossa Nova Mall para a Marina de Glória, que eu nunca vi por ali? Como saber a hora (ou o dia) e conseguir fazer o trajeto gratuitamente?