A Prefeitura do Rio, em uma tentativa de tornar o transporte por barcas nas lagoas da Barra da Tijuca e Jacarepaguá uma realidade, reformulou os termos da concessão e remarcou a licitação para 4 de julho. O objetivo principal é atrair empresas interessadas no projeto, que visa oferecer uma alternativa de mobilidade sustentável e eficiente para a região da Barra.
A principal mudança é a criação de um mecanismo que compartilha os riscos entre a Prefeitura e a concessionária vencedora da licitação. Caso o número de passageiros transportados não atinja a meta estimada, os custos serão divididos proporcionalmente. Essa medida visa reduzir os riscos para as empresas e aumentar o interesse na operação do serviço.
A estimativa inicial prevê a utilização das barcas por 14 mil pessoas por dia no primeiro ano, crescendo gradativamente até alcançar 90 mil usuários diariamente. Para viabilizar o projeto, a dragagem das lagoas e canais, considerada um ponto crucial para a operação das embarcações, teve seu início em abril e deverá ser concluída em até três anos.
Linhas e Pontos de Parada
O novo edital prevê a implantação de 16 linhas de barcas, com 29 pontos de embarque e desembarque estratégicos para atender à demanda da população local. Entre as linhas obrigatórias, destacam-se a ligação entre Jardim Oceânico e Gardênia Azul, um trajeto circular na Lagoa de Jacarepaguá e uma linha expressa ligando o Bosque Marapendi ao Jardim Oceânico. Áreas como Muzema e Rio das Pedras também serão contempladas pelo serviço.
As empresas interessadas em operar o sistema de barcas nas lagoas da Barra e Jacarepaguá deverão apresentar suas propostas até 4 de julho. Além da outorga variável, cujo pagamento foi alterado de mensal para anual, há uma outorga mínima fixa de R$ 1.776.902,19 a ser paga em quatro parcelas. O investimento total previsto para a empresa vencedora da licitação é estimado em R$ 101,6 milhões ao longo da concessão, que terá duração de 25 anos.