As belezas naturais são determinantes para que o Rio de Janeiro seja considerado uma cidade maravilhosa. Entretanto, às vezes, a natureza precisa de uma forcinha do homem para que seus encantos apareçam ainda mais. Um exemplo é o Jardim Botânico.
Fundado em 13 de junho de 1808, o Jardim Botânico surgiu de uma decisão do então príncipe regente português, Dom João VI, de instalar no local uma fábrica de pólvora e um jardim para aclimatação de espécies vegetais originárias de outras partes do mundo.
No mesmo ano da fundação, os trabalhos começaram no Jardim Botânico. Inicialmente foi preciso aclimatar especiarias vindas do Oriente. Nas primeiras experiências, vegetais enviados de outras províncias portuguesas também foram avaliados. Todo esse processo seguia orientações elaboradas anteriormente em Portugal.
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“As primeiras espécies, vindas do estrangeiro [sem ser de colônias ou províncias portuguesas], foram trazidas por Luiz de Abreu Vieira e Silva, tripulante de uma fragata que naufragara nas costas de Goa. Ao tentar embarcar novamente, com destino ao Brasil, foi feito prisioneiro com seus companheiros pelos franceses e mandado para a Ilha de França, que fazia parte das Ilhas Maurício, onde existia o ‘Jardin Gabrielle’, famoso por suas plantas de extraordinário valor. Ao fugir da ilha, Luiz de Abreu trouxe consigo algumas plantas desse jardim, presenteando-as a Dom João, que mandou plantá-las no Horto Real [como o Jardim Botânico era chamado na época]. Graças a ele, foram introduzidas mudas de moscadeiras, abacateiros, canelas, além de sementes de sagu, coração-de-negro, fruta-pão e cajá” destaca Geraldo Millione do site de pesquisas O Guia Legal.
Além disso, o Jardim Botânico também foi utilizado para outras investigações, como a palha da bombonaça (Carludovica Palmata), para confecção dos chamados chapéus do Chile ou do Panamá. Essa e outras experiências tinham, especialmente, cunho econômico. O plantio de chá foi um desses casos – como contamos no texto sobre a Vista Chinesa.
Com o passar dos anos, o Jardim Botânico deixou de ser só um centro de pesquisa e passou a ser também um espaço de lazer para a população. Contudo, existiam muitas regras e somente pessoas da alta sociedade podiam se divertir no Jardim. Em muitos casos, a área era utilizada para a recepção de estrangeiros influentes.
Após a proclamação da independência do Brasil, em1822, o Real Horto – ou Horto Real -, como era chamado o Jardim Botânico nos tempos de Dom João, passou a ser conhecido como Real Jardim Botânico e as visitações ficaram um pouco mais democráticas, alcançando mais membros da sociedade brasileira da época. No mesmo ano de 1822, o nome mudou para Imperial Jardim Botânico.
“Nesse período, Frei Leandro do Santíssimo Sacramento, professor de botânica reconhecido por realizar estudos da flora brasileira, foi diretor do Jardim Botânico. Ele impôs muitas melhorias na área, como a organização de um catálogo das plantas que eram cultivadas no espaço, além de ter introduzido novas mudas no Jardim: aléias de mangueiras, jaqueiras, nogueiras e outras” diz o historiador Maurício Santos.
Extremamente importante para a história das pesquisas na área de botânica, o Jardim, a partir de 1890, um ano depois da proclamação da república, passou a ser chamado de Jardim Botânico.
Tamanha é a importância do Jardim Botânico que Albert Einstein e a rainha Elizabeth II do Reino Unido foram conhecer o espaço. Além disso, em 1991, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura considerou o Jardim como Reserva da Biosfera.
Atualmente, o Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro – nome oficial dado no ano 1995 – é um órgão federal ligado ao Ministério do Meio Ambiente e é considerado um dos mais importantes centros de pesquisa mundiais nas áreas de botânica e conservação da biodiversidade. Nesse caso, Dom João VI acertou em cheio.
A rainha Elizabeth II nunca esteve no Jardim Botânico. Quem foi ao jardim botanico do Rio foi a rainha Elizabeth esposa do Rei da Belgica. Há uma confusão de nomes e rainhas aí!!! Não há fotos da Elizabeth II no JB e é só verificar a agenda da visita da Rainha Elizabeth II no Itamaraty:
8 de novembro – sexta-feira
Às 14h45, os visitantes decolaram do aeroporto de Viracopos para o Santos Dumont, no Rio de Janeiro, onde pousaram às 16h. No Rio, a agenda foi aberta com coquetel no Iate Clube, às 17h30. À noite, o casal real ofereceu, a bordo do Britannia, jantar para cerca de 50 convidados.
9 de novembro – sábado
Pela manhã, enquanto o Duque de Edimburgo visitava o Estaleiro Mauá, em Niterói, a Rainha conheceu pontos turísticos do Rio de Janeiro – a Praia de Botafogo, o Mirante Dona Marta, o Outeiro da Glória. O Governador Francisco Negrão de Lima homenageou o casal real com almoço para mais de 200 pessoas, no Museu de Arte Moderna. À tarde, a Rainha Elizabeth II marcou, no Caju, o início simbólico das obras da ponte Rio-Niterói. Às 22h, o casal real participou de recepção na Embaixada do Reino Unido.
10 de novembro – domingo
A primeira atividade, às 10h, consistiu em depositar coroa de flores no Monumento aos Mortos da Segunda Guerra Mundial. Estiveram os visitantes, posteriormente, na Igreja Anglicana e, mais uma vez, na Embaixada do Reino Unido, para cumprimento aos funcionários. Almoçaram no Britannia e, às 17h, assistiram, no Estádio Mário Filho – o Maracanã –, a um jogo de futebol entre cariocas e paulistas.
A Rainha Elizabeth II entrega taça a Pelé ao final de jogo entre cariocas e paulistas no Maracanã (Arquivo Nacional)
11 de novembro – segunda-feira
Pela manhã, a Rainha e o Duque de Edimburgo embarcaram, no Galeão, no VC10 da Real Força Aérea que os levou ao Chile, país que visitaram em seguida ao Brasil.
[…] mesmo, brindou-se informação importante ao respeito do Jardim Botánico aos responsáveis por esta nova plataforma, estima-se que a app será lançada oficialmente durante […]