O Palácio do Catete, um exemplar da arquitetura neoclássica brasileira do final do século XIX e lar do Museu da República há 60 anos, está passando por uma importante revitalização, após o risco de fechamento das portas. As obras iniciaram na semana passada como parte do projeto RevivaRio Museu da República, em parceria com o Instituto Carioca Cidade Criativa. Os trabalhos incluem o religamento dos chafarizes, o restauro do portão principal, que está completamente vandalizado, e um novo paisagismo para os famosos jardins.
Além das melhorias estruturais, o museu receberá uma nova sinalização bilíngue e um parquinho infantil. A conclusão está prevista para outubro deste ano.
A revitalização é crucial diante dos desafios enfrentados pelo museu e outros 30 administrados pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram). Cortes no orçamento comprometeram o funcionamento dessas instituições, mas uma readequação das verbas garantiu a continuidade das operações.
Fundado em 1960, após a transferência da capital para Brasília, o Museu da República ocupa o antigo Palácio do Catete, construído em 1858. O prédio é uma construção de estilo predominantemente neoclássico, inspirada nos palácios renascentistas de Veneza e Florença, na Itália que, por sua vez, eram releituras das construções da Antiguidade romana. O emprego de elementos de outros estilos arquitetônicos de cunho historicista o torna também um exemplar do ecletismo, que se reflete também na temática variada dos elementos decorativos da área interna.
Símbolo do Poder Executivo no Brasil por muitos anos e palco de diversos episódios importantes da história do país, tal como o suicídio de Getúlio Vargas, seu acervo abrange fotos, documentos, objetos, mobiliário e obras de arte dos séculos XIX e XX, oferecendo um panorama abrangente do regime político republicano. Além de sua importância cultural, seus jardins, abertos gratuitamente todos os dias, são um grande ponto de encontro para turistas e moradores das regiões do Catete e Flamengo. Os jardins se destacam como espaço de convivência e lazer, frequentemente utilizado para a realização de feiras e exposições.
Ainda, em qualquer país que respeite e preserve sua memória um lugar como esse seria imaculadamente limpo, permanentemente conservado e policiado dentro e fora para evitar vandalismo e pichações! Até recentemente havia uma mini cracolândia entre o muro do museu na Rua do Catete e um canteiro construído em cima da estação Catete do metrô trazendo pivetes e ladrões mas felizmente alguém tomou uma providência e não tenho visto mais isso!
Annelise Pacheco foi a última grande diretora desta jóia da história do Brasil. Após sua saída o museu se transformou em um “puxadinho” de interesses nebulosos (para dizer o mínimo) com a organização de eventos de baixa qualidade, apelo e frequência. Parte de sua área total sendo usada para camelotagem, poluição sonora com música alta durante os finais de semana e poluição ambiental vez que também é usado como estacionamento! É uma sacanagem com os prédios adjacentes que tem seu sossego pertubado todos os finais de semana e consequente desvalorização dos imóveis só porque a direção do museu insiste em organizar eventos degradando e deteriorando o entorno!
Esse é um lugar que deveria ser de preservação da memória histórica brasileira e um lugar de contemplação não uma quermesse que atrai gente com pouca ou nenhuma educação, porca, barulhenta e altamente inconveniente! Eu nem gosto de chuva e frio mas sempre fico na expectativa do tempo ficar instável aos sábados e domingos para afugentar esses inconvenientes!