O Museu do Amanhã e o Porto Maravalley, no Centro do Rio, serão palco da primeira edição do Finance of Tomorrow (FoT), evento internacional sobre o cenário atual e o futuro da regulação financeira na América Latina e Caribe, que acontecerá entre os dias 12 e 14 de agosto e receberá os principais reguladores da região, representantes de fintechs, bancos centrais e líderes privados financeiros e de políticas públicas para discutir a transformação do setor.
O evento contará com pelo menos 60 palestrantes brasileiros e estrangeiros, estando entre eles entre eles Otávio Damaso, diretor de Regulação do Banco Central, e João Pedro Nascimento, presidente da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e são aguardados 400 visitantes participantes durante os três dias de palestras.
A programação do evento contará com mais de 20 sessões e painéis vão debater temas como inclusão financeira, tokenização, mercados de carbono, inteligência artificial, investimentos para impactos em mudanças climáticas, lei de privacidade e regulamentação do setor financeiro, identidade digital e direitos de dados do cliente, combate ao crime financeiro, entre outros assuntos.
O FoT também integra o calendário de eventos paralelos do G20. Além deles, o FoT recebe também o apoio de organizações e entidades como Zetta, Febraban, Deep ESG e Monashees, além da embaixada do Reino Unido no Brasil.
A Invest.Rio, agência de promoção e atração de investimentos da Prefeitura do Rio, e o Banco Central são apoiadores institucionais do evento.
Rio anuncia criação da Bolsa de Valores; antigo prédio do Automóvel Clube pode ser sede
Na última quarta-feira (03/07), o projeto de lei que incentiva a criação da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro foi aprovado na Câmara do Rio. O anúncio ocorreu durante um evento na sede da Associação Comercial do Rio de Janeiro.
A antiga Bolsa de Valores do Rio de Janeiro (BVRJ), encerrada em 2002 e incorporada pela Bovespa (atual B3), voltará a ativa com a expectativa de iniciar operações no segundo semestre de 2025. Segundo representantes da ATG, que será responsável pela gestão da nova bolsa, a legislação também prevê a redução do ISS (Imposto Sobre Serviços) de 5% para 2% sobre atividades relacionadas à bolsa de valores, visando atrair investidores e empresas de volta ao mercado de ações carioca.
O objetivo da Bolsa de Valores carioca é competir diretamente com a B3, em São Paulo, atual líder no mercado brasileiro de valores mobiliários, fortalecendo a posição do Rio como centro financeiro e econômico.
Embora o prédio que abrigará o centro de negociações ainda não tenha sido definitivamente escolhido, segundo o secretário municipal de Desenvolvimento Urbano e Econômico, Chicão Bulhões, afirmou que há negociações avançadas para que o antigo Automóvel Clube, na Rua do Passeio, no Centro, seja o local principal. O edifício está passando por uma ampla reforma de revitalização de suas instalações desde o ano passado. A previsão é que a nova bolsa comece a operar de forma temporária já a partir de dezembro deste ano, sendo testada por seis meses.
Não dá pra comemorar a volta da Bolsa ainda. O projeto de lei recém-aprovado só incentiva a instalação, mas ainda é necessário que haja uma empresa interessada no negócio e que considere viável instalá-la na cidade. A prefeitura do Rio já fez o que pôde. Agora é com as agentes financeiros do Estado (Banco Central, CVM) e investidores interessados.Torço para isso.
O Automóvel Clube é um belíssimo imóvel. Mas tendo a pensar que, pra ter uma tração imbatível, esse pólo financeiro precisa ser na Zona Sul. As operações estão cada vez mais virtualizadas, sendo o lugar um ativo muito relevante.
A não ser que haja uma grande reforma na região, que ponha a Escola de Música, a ESDI e as calçadas da Lapa e do Passeio no bolo. Isso daria um upgrade geral e faria essa “ponte terrestre” com a Ponte Aérea do Santos Dumont mais interessante.