A cidade do Rio de Janeiro foi um dos destinos do empresário chinês Huang Nubo, fundador do grupo Zhongkun, que atua nos ramos de projetos turísticos e imobiliários. Em visita ao Brasil, Nubo veio avaliar atrações classificadas como Patrimônios da Humanidade pela Unesco. Na cidade, o chinês manifestou interesse por atrações, como o Cais do Valongo, na região portuária, e o Sítio Roberto Burle Marx, na Zona Oeste, entre outras atrações.
Durante a sua estada na cidade, Huang Nubo se reuniu com secretário de Desenvolvimento do Rio, Chicão Bulhões, e o economista e ex-subprefeito da Zona Sul, Flávio Valle, no Hotel Copacabana Palace, na Zona Sul da cidade. Na reunião, o empresário chinês pediu às autoridades que melhorassem a identificação dos patrimônios culturais locais. Pedido que Bulhões e Valle prometeram cumprir. Ao final do encontro, Nubo garantiu a Chicão Bulhões apoio para que a cidade ganhe um voo direto conectando o aeroporto RIOgaleão à China. Na agenda do empresário, ainda constavam visitas à Parati e à Ilha Grande, para a avaliação do patrimônio misto das duas cidades.
A viagem de Nubo pelo Brasil prevê uma visita a 14 dos 23 sítios classificados como Patrimônio da Humanidade – entre culturais, naturais e mistos. Do Rio, Huang visitaria os monumentos de Oscar Niemeyer, em Brasília. A previsão é de que ele fique no País até o dia 16. Até lá, o chinês avaliará centros históricos de Olinda, Salvador, Goiânia, São Luís e Aracaju, além da Praça São Francisco, em São Cristóvão (SE).
Minas Geris será a próxima parada, com o empresário visitando o conjunto arquitetônico moderno de Niemeyer, no bairro da Pampulha, em Belo Horizonte; o Santuário de Bom Jesus de Matosinhos; e o centro histórico de Ouro Preto. Apesar de não ter nenhum sítio na lista da Unesco, São Paulo será o último destino do empresário.
Em 2011, Huang Nubo tentou comprar um terreno de 300 km2 para fazer um “eco-resort” com campo de golfe na Islândia. A área, na ocasião, chegou a ser avaliada em US$ 100 milhões, com o projeto ocupando uma extensão equivalente a 0,3% do território islandês. Após acaloradas discussões, o governo do país vetou a proposta do chinês, por supostamente desrespeitar as exigências legais relacionadas à propriedade de terra por estrangeiros, segundo o jornal O Globo.
Nos últimos cinco anos, Huang, que é poeta e montanhista, visitou 600 sítios da Unesco presentes em quase 100 países.