Se os “doramas” ganham cada vez mais adeptos entre os brazucas, o embaixador coreano Lim Ki-mo prometeu levar o samba na bagagem de sua próxima missão diplomática. O mais novo carioca, que recebeu o título honorário nesta segunda-feira (22/07) do presidente da Câmara do Rio, Carlo Caiado (PSD), ainda dançou com bambas, animou a galera e, claro, deu uma canjinha.
O local da homenagem não poderia ter sido outro, senão o tradicionalíssimo Samba do Trabalhador, no Andaraí, onde Lim já cantou uma viralizada versão em português de “Trem das Onze”. E foi de um dos músicos da roda de samba, Gabriel da Muda, que o coreano ganhou um nome bem brasileiro: Guilherme. Afinal, segundo ele, tratava-se de alguém nascido em Oswaldo Cruz, fingindo ser coreano. E não é que o apelido pegou? Até Teresa Cristina, ao subir ao palco, se referiu ao convidado especial pela nova alcunha.
“Esse é o sul-coreano mais carioca de todos. Há 50 anos já ouvia ‘Garota de Ipanema” e se apaixonava pela música brasileira. Estou muito honrado de poder conceder este título para ele levar o Rio, o samba e a cultura carioca para todo o mundo”, destacou Carlo Caiado, ao entregar a honraria.
“O samba me deu alegria e esta noite me deu o título de cidadão carioca. Obrigado, samba. A partir de agora, cantarei samba e amarei o Rio de Janeiro até morrer. Por isso, não deixe o samba morrer”, festejou o embaixador para, em seguida, cantar “Não deixe o samba morrer”, clássico eternizado por Alcione.
O primeiro vídeo viral do diplomata cantor foi entoando o hino “Evidências”, de Chitãozinho e Xororó. Outro grande sucesso é “Cheia de Manias”, do Raça Negra, já apresentada no K-Festival de cultura sul-coreana, em Brasília, e repetida no Palácio da Cidade, em uma plateia que incluía o prefeito Eduardo Paes e Tia Surica, junto com a Velha Guarda da Portela.