3ª Edição do Festival Margem Visual: performance periférica trará exposição inédita e gratuita no Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira, na Gamboa

As obras estarão disponíveis à visitação no MUHCAB durante o mês de agosto. Além disso, o público também poderá conferir as performances ao vivo em dois dias de seminários

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Vinte artistas de áreas periféricas do Rio de Janeiro terão a oportunidade de dar visibilidade aos seus trabalhos de vídeo, fotografia, performances ao vivo e diálogo com outras linguagens na 3ª edição do Festival Margem Visual: performance periférica, organizado pelo Mó Coletivo. Este ano, além de dois seminários presenciais, nos dias 03 e 10 de agosto, a novidade é a realização de uma exposição dos materiais, ao longo do mês de agosto, no Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira (MUHCAB), na Gamboa (RJ), e a produção de um catálogo impresso dos trabalhos expostos. Os eventos são gratuitos e abertos ao público.

Carolina Rodrigues, Mariana Maia e Mery Horta, artistas e pesquisadoras à frente do Mó Coletivo e organizadoras do evento, que foi   contemplado pelo edital Apoio às Artes Visuais – Lei Paulo Gustavo – SECEC RJ, tiveram a difícil missão de fazer a seleção dentre as mais de 100 inscrições recebidas.

Somos três mulheres que, apesar de termos a região geográfica em comum, temos concepções diversificadas sobre práticas artísticas. Por isso, chegar a um consenso é sempre um desafio. Em nossa seleção, tentamos encontrar um equilíbrio entre as linguagens e suportes das obras, conexões e coerências narrativas entre elas e contemplar a diversidade de territórios. São muitas reuniões, com muitas horas de duração, até chegarmos a um resultado final. Recebemos propostas com muita qualidade técnica e profundidade poética. Sempre ficamos com o coração apertado em deixar algum trabalho muito bom de fora”, comenta Carolina Rodrigues.

Além de uma maior procura de pessoas interessadas em participar do Festival, em comparação com as edições anteriores – a primeira foi realizada em 2021 e a segunda no ano seguinte -, a qualidade dos materiais vem surpreendendo as organizadoras. “Desde a primeira edição, ficamos maravilhadas com as coisas que o evento nos proporciona. A primeira delas é conhecer e, muitas vezes, incentivar a produção artística de performance das periferias do Rio. Além disso, reunir e nos conectar a artistas, proporcionando a troca de saberes, o diálogo e articulação entre pessoas e seus territórios também é recompensante. Outro ponto é a valorização da linguagem da performance dentro do campo das artes visuais, algo potencializado no Festival e que permeia todas as ações desenvolvidas pelo Mó Coletivo. Esse ano, nos emocionamos durante a curadoria e seleção dos 20 trabalhos que unem poética e estética singulares a partir de perspectivas ligadas ao ser periférico. Nos enche de orgulho poder trazer para o público, pela primeira vez no Festival, as performances ao vivo e uma exposição repleta de visualidades e corporalidades que transbordam as obras individuais e coletivas”, disse Mery Horta.

Diversidade é prioridade na escolha dos trabalhos

Além de buscar pessoas que vivem em regiões periféricas do Rio, como São João de Meriti, Nova Iguaçu, Favela dos Tabajaras, Maré e Quintino, a organização do evento priorizou artistas e coletivos artísticos compostos por pessoas com deficiência, negras, indígenas, LGBTQIAPN+ e mulheres. “Nós, curadoras e realizadoras do Festival, pertencemos a esse público e sabemos as dificuldades de acesso a trabalhos no campo das artes visuais unindo ao componente de ser de origem periférica”,  lembra Carolina Rodrigues.

Para Rafael Amorim, uma das pessoas selecionadas, além de ter sido uma grata e feliz surpresa, a escolha de seu trabalho o motivou a pensar sua obra-performance para o contexto do MUHCAB, seus espaços e sua relevância histórica enquanto museu municipal comprometido com a memória do povo preto no Rio de Janeiro. “A obra-performance que vou executar se chama Comunhão e é uma tentativa de aproximação entre artista e público por meio do simples gesto de, literalmente, partilhar o pão. Então, minha expectativa está nesse momento do encontro, em que me coloco em performance para o grande público e que, ao mesmo tempo, procuro fazer desse gesto um gesto natural a partir da troca e partilha de elementos comuns às nossas experiências afetivas em territórios periféricos e suburbanos”, finaliza.


ARTISTAS PARTICIPANTES DA EXPOSIÇÃO:

  • Pajé Rita Tupinambá
  • Rafael Amorim
  • Sueka
  • Preta Evelin
  • Milu Almeida
  • Flaviane Damasceno
  • Medusa Yoni
  • Thailane Mariotti
  • Jones
  • Carol Nkwana
  • Vika Teixeira
  • Jade Maria e Luana Garcia
  • Padê Coletivo
  • Rastros de Diógenes
  • Mapô
  • Pitô
  • Alex Reis
  • Macedo Griot
  • Quadrilha Junina Estrela Dourada
  • Mariana Maia
  • Mery Horta

SERVIÇO:       
3º Festival Margem Visual: performance periférica

  • Dias: 03 e 11 de agosto
    Horários: 10h – 12h: seminário / 14h – 17h: performances
  • Local: Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira (MUHCAB) – R. Pedro Ernesto, 80 – Gamboa, Rio de Janeiro
  • Entrada Gratuita

 Exposição Margem Visual: performance periférica

  • Dias: De terça a domingo, durante todo o mês de agosto
  • Horários: das 10:00 às 17:00
  • Entrada gratuita e aberta ao público, com possibilidade de receber grupos escolares com mediação especializada em acessibilidade.

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lapa dos mercadores 2024 3ª Edição do Festival Margem Visual: performance periférica trará exposição inédita e gratuita no Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira, na Gamboa

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