Procon-RJ apreende 30 t de sabão em pó falsificado no Ceasa

Ação foi desencadeada após dono de supermercado de Belford Roxo ter denunciado e comprovado com nota fiscal, que comprou o produto de um revendedor no Centro de Abastecimento

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Material apreendido em distribuidor do Centro de Abastecimento - Reprodução e O DIA

Após denúncias, uma equipe da Proteção e Defesa do Consumidor do Estado do Rio (Procon-RJ) realizou uma operação no Centro de Abastecimento do Rio (Ceasa), em Irajá, na Zona Norte da capital, nesta quinta-feira (1º), onde apreendeu aproximadamente 30 toneladas de sabão em pó falsificado.

Segundo os agentes da autarquia, a ação foi realizada depois que o dono de um supermercado de Belford Roxo, na Baixada Fluminense, ter comprado o material de um distribuidor do Ceasa. O comerciante, de acordo com o jornal O DIA, teria apresentado uma nota fiscal de compra do produto aos fiscais do Procon-RJ.

Na blitz, os agentes encontraram toneladas do sabão em pó falsificado na área de estoque local. Outro distribuidor do produto, ao ser interpelado pelos agentes, afirmou que já havia retirado o material do ponto de venda.

A empresa fabricante do produto, a Unilever, fez uma denúncia de fraude ao Procon-RJ. A ação dos criminosos fez que companhia oferecesse um treinamento aos funcionários da autarquia para a identificação da fraude, já perceptível na adulteração da caixa do produto.

Na terça-feira (30), aproximadamente 18 toneladas de sabão em pó falsificado foram apreendidas por agentes da Secretaria de Estado de Defesa do Consumidor (Sedcon) e policiais da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM), no atacadista Mega Box, em Olaria, também na Zona Norte.

“Há uma potencial lesão ao consumidor que, muitas vezes, não tem conhecimento da origem falsa do produto, sendo atraído pelos preços mais baratos ou pela aparência similar ao original. O consumidor que adquire um produto falsificado perde dinheiro, pois este ele não possui a mesma qualidade e durabilidade do original”, explicou o presidente do Procon-RJ, Cássio Coelho, acrescentando que, segundo o Código de Defesa do Consumidor, os produtos falsificados, além de serem impróprios para o uso e consumo, podem gerar riscos à segurança e à saúde.

Cássio Coelho explicou ainda que produtos de limpeza e higiene adulterados podem causar complicações dermatológicas, como alergias, irritações e outras consequências.

“É direito fundamental do consumidor a proteção da vida, saúde e segurança contra riscos provocados pela comercialização de produtos falsificados. Caso o consumidor suspeite ou verifique algum produto falsificado sendo comercializado, deve denunciar às autoridades policiais e às entidades de proteção e defesa do consumidor para apuração dos fatos e retirada do mercado de consumo”, concluiu o presidente do Procon-RJ.

Mostras do produto foram enviadas ao fabricante e à DRCPIM para perícia.

O DIA entrou em contato com o Ceasa para repercutir o caso, mas ainda não teve resposta.

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