Tião, o chimpanzé que foi candidato a prefeito do Rio

Famoso no zoológico da cidade, principalmente por jogar terra e fezes nas pessoas que estavam perto do espaço onde ficava, o macaco era puro carisma

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Foto: Foto: Marcos Ramos/Agência O Globo

O período eleitoral sempre rende muito assunto para a imprensa e histórias que ficam na memória das cidades, estados e do país. O Rio de Janeiro tem um peculiar fato que confirma essa afirmação: em 1988, um chimpanzé foi candidato à Prefeitura.

Famoso no zoológico da cidade, principalmente por jogar terra e fezes nas pessoas que estavam perto do espaço onde ficava, Tião era puro carisma.

Diante de um cenário eleitoral que muita gente achava fraco de candidatos, a revista humorística Casseta Popular (que depois ajudou a formar o programa de TV Casseta e Planeta) lançou Tião às eleições. O jornalista e então político Fernando Gabeira deu apoio à causa.

A candidatura de Tião foi oficial e se tornou viável porque na época ainda não se usava urna eletrônica. Com isso, os eleitores podiam escrever qualquer coisa na cédula de papel.

Em atitudes pouco democráticas (ou não), o macaco chegou a jogar terra (ou fezes) em muitos políticos e outras autoridades.

Tião teve direito a campanha de lançamento, com show no Circo Voador, camiseta, broche, santinho com a foto dele e tudo mais. “Tião, Tião, o candidato do povão” era o slogan.

O resultado foram 400 mil votos. O número colocaria Tião como o 3º mais bem-colocado nas eleições de 1988. No entanto, no fim das contas, a candidatura não foi validada pelo Tribunal Regional Eleitoral.

Tiao camiseta Tião, o chimpanzé que foi candidato a prefeito do Rio

Foto: Reprodução

Os votos colocaram Tião no Guinness World Records (o livro dos recordes) como o chimpanzé a receber mais votos no mundo. Será que existiram outros?

Em 1996, as urnas eletrônicas passaram a ser utilizadas e somente candidatos previamente inscritos passaram a poder receber votos. No mesmo ano, Tião morreu de diabetes. Ele tinha 33 anos de idade. O nome do macaco era uma homenagem ao padroeiro da cidade do Rio, São Sebastião.

Quem quiser prestigiar a memória do ilustre ex-candidato, os restos mortais dele foram levados para o Centro de Primatologia do Estado do Rio de Janeiro (CPRJ), que fica localizado na cidade de Guapimirim, onde seu esqueleto encontra-se preservado até os dias de hoje. Um documentário sobre Tião foi lançado em 2017, abordando os bastidores da campanha política de 1988. “Macaco Tião – O Candidato do Povo” foi dirigido por Alex Levy-Heller.

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