Na tarde do último sábado (17/08), a Polícia Federal resgatou cinco imigrantes clandestinos africanos a bordo de um navio cargueiro de bandeira maltesa, ancorado na Baía de Guanabara. Os imigrantes foram descobertos pelos tripulantes da embarcação, que partiu do Porto de Dakar, capital do Senegal, no dia 04 de agosto.
Durante a operação, a polícia constatou que os imigrantes estavam em condições precárias de saúde e foram resgatados por motivos humanitários. Assim, receberam autorização para desembarque condicional. A embarcação foi submetida a uma inspeção pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) após suspeitas de infecção por malária em um dos tripulantes e em um dos imigrantes resgatados.
Os cinco imigrantes são naturais de Conakri, capital da Guiné. Entre eles, dois são adolescentes e menores de idade, com 16 e 17 anos. O mais jovem contou que saiu de seu país natal após a morte dos pais em uma explosão que vitimou 400 pessoas na cidade onde viviam. Ele deixou um irmão de 11 anos responsável por quatro irmãos menores após a tragédia.
Os africanos viajaram por três dias em um caminhão de carga clandestino antes de embarcarem no navio. Um deles manifestou interesse em solicitar refúgio no Brasil.
Após serem ouvidos pela Polícia Federal, a seguradora do navio assumiu a responsabilidade pelos cuidados com os imigrantes. Eles foram levados para um hotel, onde aguardam a continuidade dos procedimentos legais.
A operação foi realizada pelo Núcleo Especial de Polícia Marítima (Nepom) do Rio de Janeiro, com o apoio do Núcleo de Fiscalização de Tráfego Internacional (NFTI) da Delegacia de Migração (Delemig).