Para evitar furto de energia, Light inicia blindagem da sua rede de distribuição

Prioridade da concessionária está na capital e nas cidades da Baixada Fluminense de Duque de Caxias, Nova Iguaçu e Belford Roxo, que registram altos índices de furto de energia

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Rede aérea da Light - Marcello Casal - Agência Brasil

O furto de energia elétrica, praga que assola o Rio Janeiro, está sendo combatido com o emprego de novas estratégias concebidas pela Light. A empresa prevê que, até dezembro deste ano, sete áreas da sua concessão no território fluminense estejam blindadas. Segundo a Agência Brasil, atualmente, a concessionária atua na sua quinta área.

“A blindagem de rede é um dos projetos que compõem uma carteira de iniciativas de combate de perdas da Light. É o principal projeto em áreas de segmentação, onde a gente não consegue atuar como em áreas de tratamento convencional. Digamos que é uma zona de transição, onde a quantidade de reincidência de clientes na prática do furto é muito alta. A blindagem é, hoje, o nosso projeto de maior eficiência nessas áreas”, disse ao veículo Bruno Rodrigues, superintendente da empresa.

As áreas de blindagem são aquelas que apresentam altos índices de perdas não técnicas: furtos, nesse caso. A concentração está na capital, e na Baixada Fluminense, nas cidades de Duque de Caxias, Nova Iguaçu e Belford Roxo. De acordo a companhia, de cada 100 clientes regulares, 34 furtam energia. Conter essa sangria energética e financeira é um projeto de longo prazo para empresa, que pretende blindar, nos próximos quatro anos, aproximadamente 500 mil clientes, o que demandará R$ 2,5 bilhões em investimentos.

Bruno Rodrigues ressaltou que já foram investidos R$ 25 milhões na primeira etapa do projeto, resultando na redução 90% para cerca de 6% a 5% na perda de energia, em algumas regiões. “É um resultado relevante, dada a média nacional”, disse o superintendente.

A Baixada Fluminense e as regiões norte e oeste do município do Rio de Janeiro são prioridade na blindagem, que é voltada para o combate do furto de energia, não de cabos.

“É impedir o acesso do cliente a energias que não passaram ainda pela medição. A blindagem acontece na transformação da média tensão, que são os cabos que temos nas ruas, em alturas maiores nos postes, onde a energia atinge 13.800 volts”, explicou Rodrigues, acrescentando que o transformador é o principal alvo do procedimento, uma vez que é o principal ponto para os crimes, pois é partir dele que energia que distribuída para as residências já vai medida.

Anualmente, a Light leva um prejuízo R$ 800 milhões decorrente do furto de energia, prática que também lesa o consumidor e coloca em risco a população, que fica vulnerável a acidentes e incêndios.

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10 COMENTÁRIOS

  1. As perdas não técnicas, o famoso gato, são calculados e divididos na conta dos consumidores que pagam, esse montante recuperado, será repassado para nós?

  2. Todo cuidado é pouco, aqui em Jacarepaguá, montaram um equipe que tinha meda pada achar os fatos(furto), com isso aplicaram vários TOE (multa falsa).
    Uma auditoria deveria ter nessas infrações.
    Porque uma vez aplicada só com advogado para nos atender.

  3. esse caso de roubo de energia é muito interessante: o cidadão prega moralidade pública, combate á corrupção etc e tal, mas a primeira coisa que faz – se tiver oportunidade – é o que condena.

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