Finalmente, a batalha de moradores da Lagoa, Joá, Humaitá, Jardim Botânico, Cosme Velho e Urca, que há anos reclamam dos transtornos gerados pelos helicópteros turísticos que promovem passeio pelas principais atrações da cidade, como o Cristo Redentor e o Pão de Açúcar, está prestes a ser resolvida. Nove empresas que oferecem os passeios panorâmicos assinaram, nesta segunda-feira (26), um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público Federal (MPF), para regulamentar a operação das aeronaves e diminuir a poluição sonora que enlouquece os moradores e os animais desses bairros.
O TAC, que vale por um ano como experimentação, estabelece uma série de regulamentações para viabilizar a atividade turística, sem prejudicar as pessoas, o meio ambiente e as atrações turísticas. No documento estão previstos: o estabelecimento das alturas mínima e máximo dos voos; distância da costa; formas de navegação, não será mais permitido operar em fila indiana para visitar o Cristo, por exemplo; o voo parado também está proibido; a operação acima do Cristo também foi proibida, por oferecer riscos à integridade do monumento e à própria atividade turística; além disso, as operadoras também deverão manter uma distância entre 600 e 800 metros do Corcovado.
Durante o período de teste, as autoridades avaliarão os impactos das mudanças, para ver onde ajustes serão necessários e consolidar o que deu certo no acordo.
Segundo a jornalista Lu Lacerda, as operadoras dos voos se comprometeram a constituir uma associação para voos turísticos, para autoregulamentar as atividades do setor, além de promover a capacitação dos pilotos dos helicópteros.
Há no mercado helicópteros mais seguros, modernos, silenciosos e menos agressivos ao meio ambiente. Seria uma boa hora para trocar o equipamento, principalmente os R-44 com motor a gasolina (pistões), barulhentos, poluidores e pouco seguros.