O Santuário Nacional de Aparecida, localizado no interior de São Paulo, recebe neste sábado (31), a tradicional Romaria Arquidiocesana do Rio de Janeiro, que reúne de fiéis de todas as paróquias do Estado do Rio. Com o tema “Em oração na casa da Mãe Aparecida”, a atual edição contará missa, terço e Via Sacra no Morro do Cruzeiro. Mais de 60 mil devotos são esperados na Basílica.
As romarias à Aparecida ocorrem desde quando apenas a Basílica Histórica de Aparecida existia. A primeira edição da peregrinação foi organizada pela Arquidiocese do Rio de Janeiro, em 16 de dezembro de 1900, para marcar o ano jubilar celebrado pela Igreja. A partir 1931, a visitação ao templo se intensificou, depois da visita da imagem original de Nossa Senhora Aparecida à Arquidiocese do Rio de Janeiro para a cerimônia de proclamação oficial da Santa como padroeira do Brasil. Foi por meio do Cardeal Dom Eugênio de Araújo Sales que a Romaria Arquidiocesana passou a ser realizada anualmente no último sábado de agosto.
Segundo o site Vatican News, o Arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Dom Orani João Tempesta, O.Cist., todos os anos prestigia a celebração, presidindo a Missa Solene e participando dos momentos oracionais. O culto em honra da Padroeira do Brasil faz com que todos os anos ele reforce o convite para que os católicos se juntem para interceder pelos seus familiares e pela boa sorte do Brasil.
“Seria muito bom se cada paróquia conseguisse ao menos encher um ônibus para essa Romaria, quem sabe até mais. Mas, só o fato de ir um já demonstra a comunhão e a unidade com a Arquidiocese”, observou Dom Orani Tempesta, que tem uma relação de grande proximidade com o Santuário Nacional e Nossa Senhora Aparecida.
Em entrevista à Revista de Aparecida, ainda o V.N, o religioso afirmou que a Rádio Aparecida e o exemplo do Venerável Padre Vítor Coelho de Almeida foram importantes para a sua escolha vocacional. Devoto da Santa, o pai do cardeal, Achille Tempesta, acompanhava a consagração de Nossa Senhora Aparecida pela rádio, impactando toda família, que se tornou extremamente devota da Santa.
Para Dom Orani, o trabalho pastoral realizado a partir do Santuário Nacional é de grande importância para o desenvolvimento e consolidação da fé católica. Por isso, visitar Aparecida, segundo o religioso, é de grande importância.
“Assim como visitamos periodicamente nossa mãe terrena, aquela que nos gerou e deu vida, devemos visitar a casa da nossa Mãe celestial. Não apenas na romaria arquidiocesana, mas também em outras datas ao longo do ano com a família”, disse o cardeal.
Símbolos de fé: Santuário Nacional e Cristo Redentor
Embora geograficamente distantes, o Santuário Nacional, integrado pela Arquidiocese de Aparecida e o Cristo Redentor, pertence à Arquidiocese fluminense. O Cristo Redentor conta com uma capela dedicada à Nossa Senhora Aparecida, onde os devotos podem ter um momento de intimidade com a Padroeira, ao visitarem o Cristo. Já o Santuário Nacional de Aparecida conta com uma belíssima cruz no Altar Central da basílica, batizada de “Cruz do Nada”, que simboliza a presença e a centralidade Cristo.
Programação
Às de 7h da manhã, deste sábado, as atividades terão início com a oração do terço na Tribuna Bento XVI, localizada na Fachada Sul da Basílica. Às 9h, no Altar Central, o Cardeal Dom Orani celebrará a Santa Missa. Em seguida, os romeiros seguirão para um momento de espiritualidade no Morro do Cruzeiro, contemplando a Via-Sacra. Ao meio-dia, todos os devotos participarão da bênção de encerramento.
O Vigário Episcopal de Pastoral da Arquidiocese do Rio de Janeiro, Cônego Cláudio dos Santos ressalta a importância da visita ao Santuário Nacional:
“São inúmeros os benefícios que a Arquidiocese recebe com essa peregrinação. Poder estar junto com a Mãe Aparecida nos enche de alegria e nos compromete cada vez mais no testemunho da fé, sob o exemplo de Nossa Senhora”, celebrou Cônego Santos.
O Prefeito de Igreja do Santuário Nacional de Aparecida, Padre Ferdinando Mancilio, por sua vez, ressaltou a qualidade de infraestrutura do grande templo e a hospitalidade de todos que ali trabalham na recepção dos devotos fluminenses.
“É uma romaria grande, muito expressiva e muito bem-organizada. Todos os anos o Santuário Nacional acolhe a Arquidiocese do Rio de Janeiro com todo o amor, são muitos anos, já é uma longa história,” afirmou o Padre Ferdinando Mancilio, conforme veículo o Vatican News.
