Neste ano, um dos órgãos mais importantes para a manutenção da produção musical e audiovisual do Brasil comemorou cinco décadas de existência. O Diário do Rio contará um pouco da história do Museu da Imagem e do Som, o MIS.
Inaugurado no dia três de setembro de 1965, como parte das comemorações do IV Centenário da cidade do Rio de Janeiro, o MIS lançou um gênero pioneiro de museu audiovisual, que foi seguido em outras capitais e cidades brasileiras.
“Este Museu visa documentar em som e imagem o esforço do homem brasileiro, do homem carioca, dos homens de todas as nações que para aqui vieram convergentes formar, ampliar, reformar, desenvolver, tornar viva, humana, colorida, variada, multiforme, infinitamente alegre, mas infinitamente sofrida, a gloriosa e valorosa cidade de São Sebastião de Rio de Janeiro” disse Carlos Lacerda durante a inauguração do Museu.
Não é só o conteúdo do MIS que representa história. A forma também é um centro de memória.
“O prédio da Praça XV, tombado em 1989, é em si mesmo uma das mais belas peças de sua coleção, constituindo um exemplar histórico raro dos pavilhões construídos para abrigar a Exposição do Centenário da Independência do Brasil, realizada em 1922. Em 1990, o prédio passou por uma grande restauração que lhe devolveu o fausto do estilo eclético original, desfigurado pelas intervenções que ao longo dos anos modificaram sua fachada. Além desse prédio da Praça XV, o MIS começou a ocupar, nesse mesmo ano, outro edifício, localizado no bairro da Lapa. Essa sede é atualmente ocupada por setores administrativos do MIS e abriga parte do acervo disponível à pesquisa” informa o site do Museu.
Atualmente, o Museu da Imagem e do Som conta com um acervo de cerca de 1.100 depoimentos com, aproximadamente, quatro mil horas de gravação abrangendo os mais diversos segmentos da cultura.
“Não existe no mundo um país que foi tão fundo nessa equação entre palavras e sons. Então, é fundamental a gente documentar isso” afirmou o cantor e compositor Lenine, em entrevista ao site da EBC.
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O Museu da Imagem e do Som não se preocupa só com o passado. Nas décadas de 1960 e 1970, o MIS foi lugar de encontros e de lançamento de ideias e novos comportamentos. Além disso, o espaço está sempre antenado ás novas tecnologias, com o intuito de informar o passado com os recursos modernos do presente.
“Hoje temos cerca de 300 mil documentos, entre fotos, partituras, fitas de áudio. E criamos os depoimentos da posteridade, que é uma história oral, em que você recolhe o depoimento de alguém muito importante na literatura, na música, na fotografia e no cinema”, disse Rosa Maria Araujo, presidente da fundação Museu Imagem e do Som na festa de comemoração de 50 anos do MIS, em setembro deste ano.
A tendência é continuar evoluindo. Além do já citado histórico prédio da Praça XV e do edifício na Lapa, o MIS terá outra sede. Esse prédio ficará na Praia de Copacabana, na zona sul do Rio e será inaugurada entre maio e junho de 2016. O espaço terá uma área de 9,8 mil metros quadrados.