RioGaleão prevê superar projeção de passageiros em 2024

A concessionária prevê fechar 2024 com um total de 110 milhões de reais em investimentos, quase o dobro dos 50 milhões aplicados em 2023

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A concessionária RIOgaleão, responsável pela administração do Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro, espera superar as previsões de fluxo de passageiros em 2024. A estimativa foi divulgada nesta sexta-feira pelo presidente da empresa, Alexandre Monteiro, durante um evento na Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ) .

Segundo Monteiro, o número de passageiros no terminal em 2023 ficou abaixo de 8 milhões até julho, mas a expectativa para o restante do ano é otimista. “Vamos ultrapassar um pouco os 14 milhões de passageiros… Agora acreditamos que chegaremos a quase 14,5 milhões”, declarou o executivo à Reuters.

Esse crescimento expressivo, bem como a projeção otimista para 2024, são atribuídos a dois fatores principais: o aumento de voos internacionais e a transferência de voos do Aeroporto Santos Dumont para o Galeão. A medida faz parte de uma série de ações adotadas pelos governos federal, estadual e municipal para impulsionar o terminal, que tem capacidade para atender até 37 milhões de passageiros por ano.

A coordenação está indo bem. Tanto o fluxo internacional quanto as conexões no aeroporto estão em crescimento”, destacou Monteiro.

De acordo com dados da RIOgaleão, entre janeiro e julho deste ano, o número de passageiros internacionais alcançou 2,6 milhões, frente a 2 milhões no mesmo período de 2023. Já o volume de passageiros domésticos quase triplicou, passando de 2 milhões para 5,3 milhões no mesmo intervalo.

Investimentos e Planejamento Futuro

A concessionária prevê fechar 2024 com um total de 110 milhões de reais em investimentos, quase o dobro dos 50 milhões aplicados em 2023. O plano de investimentos para 2025 deve ser concluído até o final deste ano.

O cenário positivo para o Galeão é uma reversão de expectativas em relação a 2022, quando a Changi Airport, de Cingapura, controladora da RIOgaleão, cogitou desistir da concessão devido à baixa demanda. No entanto, após a adoção de medidas que incentivaram o uso do Galeão, incluindo a limitação de voos no Santos Dumont, a Changi demonstrou interesse em manter a operação no terminal carioca.

Essa semana, o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, comentou que o tema está sendo avaliado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e que espera que a Changi continue administrando o RIOgaleão.

Em nota, a concessionária afirmou que segue em diálogo com o governo federal e o TCU para “buscar uma solução conjunta para a repactuação do contrato de longo prazo para a concessão do aeroporto”.

Contexto da Concessão

A Changi Airport, em consórcio com a antiga Odebrecht, venceu a concessão do Galeão em 2013, com uma oferta de aproximadamente 19 bilhões de reais, quase quatro vezes o valor mínimo estabelecido pelo governo. A empresa ainda possui um passivo anual de 1,3 bilhão de reais relativo à outorga gerada pelo leilão.

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1 COMENTÁRIO

  1. Ficamos felizes com a notícia da recuperação de GIG. A transferência de voos de SDU para GIG foi baseada na lógica. GIG é um aeroporto grande, que estava muito subutilizado. SDU um aeroporto pequeno, com uma movimentação de voos e passageiros muito acima do que comporta. Mas lembramos que nenhuma empresa transferiu seus voos de SDU para GIG por livre e espontânea vontade. Fizeram isso apenas porque houve uma decisão do governo. Por vontade própria, as 3 empresas aéreas teriam mantido a maioria de seus voos domésticos em SDU, que é um aeroporto de acesso mais rápido e seguro. Para que a situação enfrentada recentemente não se repita daqui a alguns anos, é preciso pensar num acesso rápido, seguro e de qualidade ao aeroporto internacional. Não vejo isso sendo discutido. As autoridades parecem já ter conseguido o que queriam e estão se acomodando. No passado não muito distante (primeira década deste século), já tivemos essa situação, que foi revertida pela ação da governadora da época (Rosinha Mateus) em conjunto com o governo federal. Mas o problema voltou anos depois. É bom que nossas autoridades se lembrem disso.

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