A Região Central – novo polo de lançamentos imobiliários da cidade – e a Zona Sul do Rio têm visto uma significativa renovação imobiliária nos últimos anos, promovida em grande parte pela Prefeitura do Rio. De acordo com o Secovi-Rio (Sindicato da Habitação), quase 3,4 mil novas unidades residenciais, chamadas “studios”, foram ou estão sendo construídas nessas regiões. Essas novas unidades são o equivalente moderno das antigas kitnets que fizeram sucesso nas décadas de 50 e 60, especialmente em bairros densos como Copacabana, conhecidos na época como “apartamentos JK” (Janela Kitnet).
Com uma combinação de falta de terrenos e a crescente demanda por moradias compactas – sem contar a necessidade das construtoras de conseguir o maior valor por cada metro quadrado, esses apartamentos pequenos se tornaram uma solução para o aumento dos preços dos imóveis e a necessidade de moradias mais acessíveis na Zona Sul. Agora, mais de 60 anos depois, o conceito de viver em espaços compactos está ressurgindo com força no Rio, desde os novos residenciais na Região Portuária, com unidades de 35 a 50 m², até empreendimentos de alto padrão que andam revitalizando Copacabana, frutos também dos benefícios da revitalização do. Centro.
A Prefeitura do Rio tem incentivado a construção de novas moradias nas áreas centrais para melhorar o acesso a serviços, comércio e transporte, promovendo uma vida “outdoor” mais conveniente. No entanto, o número de unidades compactas ainda é baixo em comparação com outras grandes cidades. Desde 2013, o Rio lançou apenas 5,5 mil dessas unidades, em contraste com os 145 mil lançados em São Paulo. Isto significa que o negócio está só começando.
Barra mais compacta
Para atender à crescente demanda e aumentar essas estatísticas, na outra ponta da cidade, a Barra da Tijuca está entrando com força no mercado de “studios”. Tradicionalmente focada em empreendimentos maiores e mais completos, a Barra agora se prepara para lançar um grande projeto de apartamentos compactos mesmo longe dos centros econômicos, comerciais e financeiros da cidade. O Arte Design Residencial, da construtora Calper, trará cerca de 1,4 mil unidades compactas, representando 90% do total de seu empreendimento.
Localizado na área longínqua conhecida como Centro Metropolitano, o projeto faz parte de um bairro planejado denominado Cidade Arte, que abrangerá até 2,2 mil apartamentos. O empreendimento ocupará um extenso terreno atrás do Shopping Metropolitano, que estava “esboçado” há pelo menos 15 anos. O Valor Geral de Vendas (VGV) dos apartamentos compactos no Arte Design Residencial é estimado em R$ 495 milhões, dos R$ 550 milhões totais do empreendimento. Os preços iniciais começarão a partir de R$ 268 mil. A startup Lobie será responsável pela locação para investidores. A startup terá até dezembro quase R$ 1,9 bilhão em unidades com esta tipologia, entre Barra, Zona Sul, Centro e Niterói, totalizando 4.073 apartamentos.
A construção do Arte Design Residencial será realizada em duas fases, com a primeira já prevista para gerar um VGV de R$ 275 milhões.
