Faltam alguns dias para o Rock in Rio 2024 e, para o comércio local, o evento pode representar uma oportunidade de aumentar as vendas do mês de setembro. Segundo um levantamento realizado pela Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (ASSERJ), os supermercados da Barra da Tijuca esperam um aumento de 12% nas vendas, ocasionado pelo grande público que vai se deslocar para o festival, realizado na mesma região.
De acordo com números oficiais do Rock in Rio, são esperadas cerca de 700 mil pessoas entre os dias 13 e 22 de setembro e essa movimentação promete injetar aproximadamente R$ 2,9 bilhões na economia da cidade. O varejo supermercadista é um dos setores que mais poderá se beneficiar dessa sazonalidade, principalmente, pelo período positivo que vive, após registrar um crescimento de aproximadamente 6% no último semestre.
“Os supermercados localizados na Avenida Abelardo Bueno e no entorno da estação da Alvorada se transformarão em pontos de encontros para os fãs do festival. Ali serão vendidos produtos que poderão ser consumidos como snacks, bebidas sem álcool, frutas a vácuo. As lojas também estarão oferecendo serviços como drinks e trocas de brindes, tudo para promover uma experiência única antes do evento”, afirmou o presidente da ASSERJ, Fábio Queiróz.
“Contamos com inúmeras ações de trade e encantamento para o consumidor. Teremos um Lounge Bar da Heineken, um ponto de repouso do Kit Kat, diversas promoções de produtos de fornecedores como Tostitos e Schweppes”, afirmou o gerente, que levantou uma questão sobre a presença do público corrente nas lojas da Barra, aqueles consumidores que não fazem parte da rotina do local. Segundo levantamento da ASSERJ, o aumento desse tipo de consumidor deve girar entre 7% e 10%. “O ticket médio cai, mas as vendas acabam compensando”, completa José Antônio.
Localizado a 1km dos portões do evento, o Hortifruti receberá um bar exclusivo da Heineken, além de ações promocionais e venda de produtos de parceiros em frente à unidade. A rede promoverá a venda de produtos próprios, como sucos de uva e laranja, além da tradicional água de coco. “Estaremos com diversos fornecedores promovendo degustações e outras experiências que ajudam os clientes a conhecerem novas opções de produtos e a realizarem compras mais assertivas antes do festival”, afirmou o Hortifruti.
Próximo dali, outro supermercado, o Mundial, já conta com inúmeras ações de trade em seu salão de vendas, com estruturas encantadoras nos pontos de venda e parcerias com os patrocinadores do evento. Ao entrar na loja, o consumidor poderá ter seu minuto de estrelato em um palco exclusivo da Heineken, e também explorar ações da Kit Kat, Colgate, Bem Brasil e outras marcas que estão presentes no festival.
Vale lembrar que apenas produtos industrializados e lacrados podem entrar no Rock in Rio. Garrafas serão permitidas sem a tampa, alimentos in natura como frutas e sanduíches, podem entrar desde que estejam em embalagens tipo “zip lock”. Serão autorizados até 5 itens por pessoa. Latas, vidros e potes de plástico rígidos com tampa também estarão proibidos.
Erlon Labatut, especialista em varejo, explica. “Para criar conexão com o público que gosta e irá assistir ao Rock in Rio, seja presencialmente ou pela TV, os supermercados vêm criando uma comunicação incentivando os clientes a se preparem comprando tudo o que precisam para aproveitarem ao máximo os shows”.
A patrocinadora oficial do Rock in Rio, Heineken, investiu pesado em ações efetivas para promover seus produtos além das fronteiras do festival, o que gerou uma expectativa de aumento de 20% na venda da marca durante os dias de evento.
“Temos um aumento maior (de investimento) em relação à última edição do Rock in Rio, e estamos apostando alto na entrada de trade em diversos supermercados, inclusive em lojas que não estão presentes no trajeto do RIR (Abelardo Bueno)”, afirmou Rodrigo Balbi, gerente de vendas da Heineken no Rio de Janeiro.
Para aproveitar esse momento, Walquyria Majeveski, consultora de varejo da ASSERJ, dá uma boa dica para o varejo. “Os supermercados podem explorar muito bem o festival com vendas de produtos “no food” como bonés, camisas e faixas, por exemplo. Sair do óbvio para explorar o consumo por impulso. Além disso, ações com os parceiros do evento podem impulsionar as vendas e gerar ainda mais conexão com o consumidor”, finaliza.