Análise da Pesquisa Eleitoral Quaest – 11 de setembro

No contexto político atual Paes está a caminho de uma reeleição tranquila, enquanto outros candidatos enfrentam grandes desafios para ganhar tração

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A mais recente pesquisa da Quaest, divulgada neste 11/9, aponta uma clara liderança do atual prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, na corrida eleitoral para a prefeitura em 2024. Paes, que já foi reeleito em 2012, com um recorde de votos no primeiro turno, parece estar caminhando para repetir a vitória, desta vez com uma margem ainda maior de votos.

Eduardo Paes em Crescimento

Os números da pesquisa são contundentes: Eduardo Paes subiu de 60% para 64% das intenções de voto, consolidando ainda mais sua liderança. Essa alta, é ainda mais significativa se comparada ao cenário de 2012, quando ele enfrentou concorrentes do mesmo campo ideológico, como Otávio Leite, Rodrigo Maia e Aspásia Camargo. Em 2024, Paes parece ter menos concorrência de peso, com Marcelo Queiroz (Progressistas) sendo so único no Centro.

Crescimento de Ramagem

O ex-diretor da Abin, Alexandre Ramagem, também apresentou um crescimento na pesquisa, subindo de 9% para 13%. No entanto, esse crescimento não ameaça diretamente Eduardo Paes, já que o prefeito também aumentou sua pontuação no mesmo período, mantendo a “boca do jacaré” aberta – termo usado para ilustrar quando a diferença entre os candidatos se amplia ao longo do tempo.

Queda de Outros Candidatos

Enquanto Paes e Ramagem apresentaram crescimento, o cenário não foi tão favorável para outros concorrentes. O professor Tarcísio Motta, por exemplo, segue em queda, passando de 8% em junho para 4% em setembro. Essa oscilação negativa reflete uma perda contínua de apoio, diminuindo suas chances de sucesso na eleição.

A Força de Paes Entre os Evangélicos

Um ponto de destaque na pesquisa é a vantagem de Paes entre os eleitores evangélicos, um grupo demograficamente relevante. Ramagem também apresentou crescimento nesse segmento, mas ainda está longe de ameaçar seriamente o favoritismo de Paes. O bolsonarismo, representado por Ramagem, aparece enfraquecido no Rio.

Se comparado com os resultados anteriores de figuras como Marcelo Freixo, que teve uma votação de quase 25% dos votos úteis em 2012, mostra um derretimento do conservadorismo, especialmente para o Executivo.

Rejeição e Desconhecimento

A rejeição a Eduardo Paes caiu de 26% para 23%, enquanto a rejeição a Ramagem, associada ao bolsonarismo, subiu de 27% para 32%. Ainda assim, Ramagem tem diminuído o número de eleitores que não o conheciam, passando de 55% para 45%. Em contraste, Eduardo Paes é amplamente conhecido, o que contribui para sua consolidação eleitoral.

Cenário Quase Decidido

Com uma avaliação positiva que cresceu de 35% em junho para 61%, Paes parece quase imbatível. Sua aprovação é alta, e a oposição está fragilizada, com candidatos como Marcelo Queiroz, que não parecem ameaçar o prefeito. Tarcísio Motta, ligado ao PSOL, também enfrenta dificuldades, prejudicado pela falta de votos de legenda, o que enfraquece sua campanha.

A expectativa é de que Paes siga rumo à vitória no primeiro turno, com 99,99% de chances de sucesso, segundo Quintino Gomes Freire, que analisou os resultados.

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