Amado por uns e odiado por outros, esse é o dilema do famoso horário de verão, que pode voltar a ser adotado no Brasil ainda em 2024. Tanto o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, quanto o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, sugeriram a possibilidade de reimplementação da medida, e agora a população também se manifesta. Um levantamento feito pelo portal Reclame Aqui e pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) revela que, de acordo com a pesquisa realizada com três mil pessoas, cerca de 55% dos entrevistados são favoráveis à mudança nos relógios ainda este ano.
Segundo dados, 41,8% dizem ser totalmente favoráveis ao retorno do horário de verão, enquanto 13,1% se mostraram parcialmente favoráveis. Ainda de acordo com o estudo, 25,8% são totalmente contrários à implementação; 17% veem a mudança com indiferença; e 2,2% são parcialmente contrários.
No região Sul, 60,6% são favoráveis, sendo 52,3% totalmente favoráveis e 8,3% parcialmente favoráveis; e, no Centro-Oeste, 40,9% aprovariam a mudança – com 29,1% se dizendo totalmente favoráveis e 11,8% parcialmente a favor. Nas três regiões somadas, 55,74% são favoráveis ao adiantamento dos relógios em uma hora.
Para 43,6% dos entrevistados, a mudança no horário ajuda a economizar energia elétrica e outros recursos. Para 39,9%, a medida não traz economia, ao passo que 16,4% afirmaram não saber ou não ter certeza.
Percentuais por regiões
Conforme a pesquisa da Abrasel, a Região Sul apresenta a maior parcela da população (47,7%) que acredita que o adiantamento do relógio resulta em economia de recursos. Para 51,8%, a mudança do horário é benéfica para o comércio e serviços, como lojas, bares e restaurantes. Já 32,7% afirmam não ver vantagem; e 15,5% dizem não ter opinião formada.
O estudo indica, ainda, que, para 41,7%, a cidade onde moram fica mais atrativa para o turismo quando o horário de verão está vigorando. “Apenas 9,4% disseram que a cidade menos atrativa, enquanto 43,6% não sentem diferença,” diz o levantamento.
A pesquisa mostra também que as pessoas se sentem mais seguras durante os períodos em que o horário de verão é adotado, especialmente em relação ao horário de saída para o trabalho. Consoante a essa questão, 35,2% se sentem mais seguros com a mudança, enquanto 19,5% se dizem menos seguros. Para 41,9%, a mudança não traz influência.
A margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais para mais ou menos, considerando um nível de confiança de 95%.
Posicionamento do Governo
Na última semana, o ministro de Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira, afirmou que a volta do horário brasileiro de verão é uma possibilidade real para melhor aproveitamento da luz natural em relação à artificial e a consequente redução de consumo de energia elétrica no país.
“Estamos em uma fase de avaliação ou não do horário de verão. O horário de verão, nós sabemos que apesar da divisão da sociedade com relação a ele, a maioria da sociedade nas pesquisas de opinião aponta que aprova o horário de verão”, disse à imprensa. “O horário de verão é uma possibilidade real, mas não é um fato porque tem implicações, não só energética, tem implicações econômicas. É importante para diminuir o despacho de térmicas nos horários de ponta, mas é uma das medidas, porque ela impacta muito a vida das pessoas”, acrescentou o ministro.
Eu não aprovo o horário de verão. Só aprovaria se ele fizesse chover mais.
Sou a favor do horário de verão por tudo o que acrescenta à cidade e aos seus moradores e visitantes.