Roubos de celulares representam quase 40% dos crimes de rua no Rio

Região central da cidade registra mais de 1,3 mil roubos de celular, mais que o dobro em relação ao ano passado, segundo dados do Instituto de Segurança Pública

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Os números divulgados pelo Instituto de Segurança Pública (ISP) confirmam uma preocupante tendência de alta nos roubos de rua na cidade do Rio de Janeiro, especialmente no que se refere aos celulares. De janeiro a agosto deste ano, foram registrados 24.475 roubos de rua, sendo que 38% desse total, ou 9.291 casos, correspondem ao roubo de aparelhos celulares. Isso representa um aumento de 45% em relação ao mesmo período do ano passado, quando 6.380 aparelhos foram roubados.

O patamar de 1,8 mil roubos de rua por mês tem sido uma constante desde maio deste ano, um nível que não era atingido desde fevereiro de 2020.

Centro da cidade lidera os roubos

A região do Centro do Rio apresentou o maior crescimento nesse tipo de crime. Foram mais de 1,3 mil roubos de celular registrados, um aumento de mais que o dobro em relação ao ano anterior, quando 610 casos foram computados. Esse salto representa a maior alta entre todas as áreas monitoradas pelo ISP.

Logo após o Centro, a Grande Tijuca aparece com 1.051 casos, uma alta de 63% em relação ao ano passado.

Especialistas sugerem inteligência para combater o crime

De acordo com Thiago Bottino, especialista em segurança pública da FGV Direito Rio, o aumento nos roubos de celulares exige uma abordagem além do policiamento ostensivo. Ele defende o uso de inteligência para combater o mercado ilegal que incentiva esses crimes.

“Esses produtos roubados, seja celular ou qualquer outro item, são revendidos. A ação precisa atingir quem está lucrando com esse comércio ilegal, tornando o roubo menos atrativo para o criminoso.” Ele sugere que a repressão ao mercado de revenda de celulares roubados pode ser uma medida eficaz para asfixiar esse comércio ilegal.

Operação policial apreende celulares roubados

Na última semana, uma operação da Polícia Civil apreendeu 750 celulares de origem suspeita em uma ação no bairro da Uruguaiana, no Centro. A investigação, iniciada após monitoramento de furtos ocorridos durante o Rock in Rio, levou à prisão de duas pessoas. Os aparelhos estavam à venda em um box no mercado popular da Uruguaiana, sendo oferecidos de forma ilícita.

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