Nesta segunda-feira (30/09), estreia na TV Globo a nova novela das sete, Volta por Cima, cuja história se passa na Vila Cambucá, bairro fictício do subúrbio do Rio de Janeiro. A cidade cenográfica construída nos Estúdios Globo é inspirada em bairros como Madureira, Marechal Hermes, Cascadura e Bento Ribeiro.
O bairro fictício traz as referências das ruas pacatas de casas com quintal e muro baixo, que ganham cores na história de Claudia Souto. O bairro ainda abriga um comércio efervescente, com lojas populares e um grande mercadão – inspirado no famoso Mercadão de Madureira –, além de bares, pet shop e padaria. As ruas também são ocupadas pelo comércio ambulante, que divide o espaço do vai e vem das calçadas.
Manifestações culturais comuns do subúrbio do Rio fazem parte da rotina dos personagens. Jão, um dos protagonistas, traz no peito as paixões pela música e o Carnaval. Com o amigo Sidney, ele toca em uma roda de samba do bairro. Os dois também são guardiões no ‘Dragão Suburbano’, um grupo de bate-bolas, importante manifestação popular do subúrbio do Rio de Janeiro. É no galpão do grupo da Vila Cambucá que os integrantes se reúnem para a escolha do tema do enredo do ano, confecções das fantasias e a organização do desfile.
Outro cenário de destaque é uma mansão no bairro do Alto da Boa Vista que serve de locação para a residência dos Góis de Macedo com um amplo jardim e piscina. Já para a Viação Formosa, um dos núcleos centrais da trama, a produção conta com quatro ônibus, que foram adereçados para compor a frota da empresa da novela, usados nas gravações das cenas nos estúdios e em locações externas. A sede de uma empresa de ônibus no subúrbio do Rio de Janeiro serve de locação para as cenas da garagem da Formosa e ganhou intervenções da equipe de arte.
“Gravamos em alguns lugares icônicos do Rio… Central do Brasil, Morro da Conceição, Cascadura, Mercadão de Madureira […] a gente tem roda de samba, tem o bate-bola, que é uma cultura muito inerente a alguns subúrbios do Rio de Janeiro”, contou ao DIÁRIO DO RIO o diretor artístico André Câmara.
A obra acompanha a história de Madalena (Jéssica Ellen), a Madá, uma jovem mulher batalhadora que teve que adiar seus sonhos pessoais para ajudar a sustentar a família. Na trama, ela e Jorge, conhecido como Jão (Fabrício Boliveira), se aproximam em função de uma fatalidade que muda para sempre a vida da família de Madalena. Seu pai, o motorista de ônibus Lindomar (MV Bill), está prestes a se aposentar, mas, no seu último dia de trabalho, sofre um acidente. A história ganha outros contornos quando Osmar (Milhem Cortaz), o tio folgado de Madá, descobre sobre um bilhete premiado e faz de tudo para pegar o dinheiro.
O caminho para o romance de Jão e Madá, entretanto, não é tão simples, porque a mocinha namora desde a juventude. Madá e Chico (Amaury Lorenzo) ficaram noivos, mas não conseguem marcar o casamento: toda vez que escolhem uma data, algo acontece com o rapaz que impede a realização da cerimônia. O que a filha de Lindomar não imagina é que Chico se relaciona também com Roxelle (Isadora Cruz), funcionária na lanchonete em que trabalha Neuza, mãe de Jão, no ponto final dos ônibus da Viação Formosa.