Nova sede da Bolsa do Rio deve unir qualidades da cidade à proximidade com o Santos Dumont

Ideia é atrair investidores, que devem se concentrar no eixo Rio-São Paulo. Um dos responsáveis pela retomada da Bolsa carioca, Claudio Pracowinick, tem preferência pelo prédio da Mesbla

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Claudio Pracowinick fala sobre a Bolsa do Rio durante seminário na PUC-Rio - Reprodução

O CEO da Americas Trading Group (ATG) e um dos responsáveis pela retomada das atividades da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, Claudio Pracowinick, tratou das perspectivas da instituição e sobre possíveis sedes para instalar Bolsa carioca, com base na sinergia do que o Rio tem de melhor, belos cenários e estrutura urbana, e a facilidade de integração com o Aeroporto Santos Dumont, no Centro, para atrair investidores. Pracowinick foi um dos participantes do Seminário Segurança Jurídica no Ambiente de Negócios do Rio de Janeiro, realizado nesta segunda-feira (30), na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), em parceria com a Associação de Dirigentes Cristãos de Empresa (ADCE Uniapac BRASIL) e a ADCE Jovem Rio, e apoio do TI Rio.

Sobre a nova sede da Bolsa de Valores do Rio, Cláudio foi taxativo diante da inexistência de qualquer possibilidade de volta à antiga sede na Praça XV. Em tom de ironia, ele disse: “Eu sou um cara espiritualizado e não gosto de habitar lugares assombrados”. Ele disse ainda que boa parte do prédio da antiga sede na região do Paço Imperial ainda pertence à B3 (Bolsa de Valores de São Paulo), e que não iria dar dinheiro ao seu concorrente de forma alguma. Pracowinick ressaltou que trabalham em parceria com a B3 para a ampliação e a democratização do mercado de capitais, apenas isso.

O executivo destacou que, atualmente, as atividades preliminares da Bolsa do Rio acontecem na Rua do Catete, 359, esquina com a Barão do Flamengo, com entrada pela Flamengo, nas proximidades da estação do metrô Largo do Machado, na Zona Sul da cidade. Pracowinick afirmou durante o evento que deve ficar no local até ter o Break Even (equilíbrio sob o ponto de vista financeiro), que, segundo ele, deve acontecer quando atingir com 4, ou 5% de market share, até menos, acredita ele. Quando isso ocorrer, a saída da atual ativação da Bolsa deve ir para outro lugar.

Claudio Pracowinick destacou que a nova sede deve aproveitar o que o Rio de Janeiro tem de melhor.

“A nossa ideia e dos investidores é estar em um lugar perto do Santos Dumont, para facilitar o trânsito de investidores – que devem ficar no eixo Rio-São Paulo, com uma bela vista. Como candidatos surgem as praias de Botafogo e do Flamengo, e o Centro da cidade. Nos foi oferecido o prédio do Automóvel Club, que é lindo e foi restaurado pela Prefeitura, mas é de manutenção cara. O prédio da Mesbla seria um lugar ideal, na Rua do Passeio. O prédio é lindo, assim como o relógio no topo da edificação, onde pode ser instalada a marca da Bolsa do Rio, que será apresentada em novembro. A Rua do Passeio tende a crescer, com a instalação da Câmara Municipal do Rio. No entorno há outros equipamentos que movimentam a região, como o Teatro Riachuelo, além de muitas empresas que estão sendo instaladas no local. Se for por vontade própria gostaria ir para o prédio da Mesbla. Isso o tempo vai dizer. Mesmo porque quem decide é o patrão”, comentou o executivo da Americas Trading Group (ATG), citando o edifício que pertence hoje à São Carlos Empreendimentos.

Cláudio disse ainda que a Bolsa do Rio deve estar pronta no final desse ano. Mas pelas exigências do Banco Central (BC) e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Bolsa do Rio deve passar por um teste de, no mínimo, seis meses, até que comecem as operações, previstas para outubro de 2025, ainda na Rua do Catete, 359, disse Cláudio Pracowinick.

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