Rio de Janeiro dobra número de doações de medula óssea em 2024

Programa brasileiro, Redome, é terceiro maior registro de doadores do mundo, com 5,7 milhões de cadastrados em 30 anos

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Foto: Edu Kapps/SMS

Um levantamento realizado pelo Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome) verificou que, entre 2023 e 2024, o Rio de Janeiro passou de 1.847 para 3.323 doadores de medula óssea, nos primeiros seis meses do período avaliado. Em nível nacional, foram 74.677 novos cadastros; 16 mil a mais em relação a 2023, quando o total era de 58.308 pessoas.

No que diz respeito aos transplantes, em 2023, o Redome operacionalizou, em território nacional, 369 cirurgias com doadores não aparentados, além de ter enviado 100 produtos de doadores brasileiros para o exterior. Até junho de 2024, a instituição registrou 224 transplantes no Brasil e 46 de pacientes estrangeiros.

Para a ministra da Saúde, Nísia Trindade, a colaboração da população é essencial para dar esperança para quem está na fila de transplante, esperando pela cura ou por dias melhores.

“Ao fortalecer o cadastro de doadores, o SUS amplia suas possibilidades de oferecer um tratamento eficaz e gratuito a quem precisa, garantindo acesso à saúde de qualidade para todos. A colaboração da população nesse processo é essencial, pois cada doador registrado pode ser a cura para muitos, contribuindo para a equidade no acesso aos cuidados de saúde no país”, disse a ministra, segundo reportou A Tribuna (Petrópolis).

Para a maioria dos que esperam um transplante, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), doadores não-aparentados do Redome representam a única saída, uma vez que entre irmãos a compatibilidade é aproximadamente 25%. As chances são maiores se o doador e o receptor forem do mesmo país. Já para os pacientes sem doadores no Brasil, a possibilidade de busca internacional é viável.

Do total de transplantes, de 65% a 70% são de não-aparentado que utilizam doações brasileiras, comprovando os bons resultados do Redome, – terceiro maior registro de doadores do mundo, com 5,7 milhões de cadastrados em 30 anos.

Investimentos

Em 2023, o Sistema Único de Saúde (SUS) repassou mais de R$ 1,3 bilhão para o Fundo de Ações Estratégicas e Compensação (Faec), que custeia doações e transplantes de medulo óssea. O Ministério da Saúde investiu, até junho deste ano, R$ 718 milhões nos atendimentos. Desse total, R$ 46 milhões são aplicados no funcionamento das centrais de transplantes e convênios para fortalecimento do Sistema Nacional de Transplantes (STN).

Como se cadastrar no Redome

Os hemocentros públicos do Brasil recebem cadastros de doadores de pessoas entre 18 e 35 anos. O Redome desenvolveu um aplicativo com informações e que a realização de um pré-cadastro. No aplicativo, o usuário pode acompanhas as vária etapas do processo.

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