O leitor que me acompanha pode imaginar que minha escolha para prefeito do Rio em 2024 seria Eduardo Paes. Afinal, ele é um bom prefeito, especialmente se comparado a Marcelo Crivella. Mas é na comparação com outros que ele perde pontos. Se Cesar Maia fez o Favela-Bairro, Paes deixou o programa de lado e, com isso, o crime organizado cresceu nas favelas. Alguém ocuparia o espaço do Estado, e foram as milícias e os traficantes. O governo estadual tem sua culpa, mas Paes não pode fugir da responsabilidade.
Eduardo também demora demais para identificar um problema. Especialistas já criticavam o BRT por não ser um transporte de massa, e agora o prefeito promete transformá-lo em VLTs. Um atraso de quase dez anos ou mais, período em que a história da cidade poderia ter sido diferente.
Não é que Eduardo Paes não tenha acertos, claro que tem. Ele representa o espírito carioca e deveria se tornar prefeito honorário. Mas ele realmente traiu Cesar Maia e outros aliados. Poucos políticos confiam em sua palavra, e dizem que só quem não o conhece confia.
Aqui estão explicados alguns dos motivos para não votar em Eduardo Paes no primeiro turno. Mas por que escolher Marcelo Queiroz?
Marcelo Queiroz já perdeu muito, e política é como um jogo de tênis: os melhores são aqueles que já foram derrotados várias vezes e melhoraram após cada uma delas. Aos 24 anos, Queiroz já havia sido candidato a vereador e presidente do DCE da PUC, uma rara experiência entre os candidatos, comparável apenas à de Eduardo Paes.
E Queiroz sempre perseverou, até se eleger vereador, deputado estadual e federal. Além disso, foi secretário em várias administrações da capital e do estado, sempre com o respeito de seus chefes.
Não é por acaso que o chamo de “lorde do PP”. Marcelo é afável, sabe escutar e é conhecido por cumprir acordos e respeitar seus pares e lideranças. Na política, a palavra deve ser lei.
Vejo Marcelo Queiroz como um Eduardo Paes 2.0, uma expressão já ultrapassada, mas que reflete bem a comparação entre os dois políticos. Paes não é velho, mas está parado no tempo.
Não consigo ver em Eduardo nada que possa modificar a história do Rio além do que ele já fez. Talvez haja uma falta de entusiasmo em cumprir por 14 ou 16 anos o mesmo trabalho. Realmente não é fácil, é entediante, por mais que ele diga que sempre surge um novo desafio.
Marcelo Queiroz parece ter essa vontade e saber o que precisa ser mudado. Ele parece escutar e procurar entender para resolver os problemas. E mais: enquanto Eduardo se tornou reativo, Queiroz é ativo.
Marcelo Queiroz não seria uma ruptura com meus votos ao longo dos anos. Ele ainda é da escola de Cesar Maia, mas com uma formação na Universidade Francisco Dornelles, e isso é um currículo difícil de igualar.
E claro, ele quer um Rio mais Caramelo. E, afinal, quem não quer?
Prefiro o paes, a criminalidade só aumentou com a milícia, porque geral sabe que a PM protege eles, a civil já percebeu isso também. Em relação a saída do paes do PMDB, ele saiu por provavelmente discordar da traição que essa porcaria de partido fez com a Dilma ou simplesmente saiu antes que sua reputação fosse queimada, jamais saberemos.
César Maia e seu filho Rodrigo representam o parlamentarismo retirando a soberania do voto direto para cargos executivos. Dornelles tinha uma base eleitoral formada por servidores públicos ao mesmo tempo que defendia a política de privatizações. Marcelo Queiroz, filiado ao PP de Maluf, o filhote da ditadura, é daquelas pessoas que consideram animais como humanos e humanos como animais, PET LORD!
Meu Deus!!! Quanto tempo e energia gastos para tentar convencer a todos que o Diário do Rio não é bolsonarista. Só rindo.
Remover Eduardo Paes é necessário, no entanto… somente Eduardo Paes sabe colocar o BRT para funcionar, ele inventou o sistema, somos refens dele.
Eduardo Paes é tão hábil para administrar, que removeu o Riocard, empresa corrupta e envolvida em casos de corrupção, já comprovada, trocando pelo bilhete Já É.
Não é fácil tirar a máfia do poder, Eduardo Paes consegue sem sofrer ameaças ou atos terroristas, como, não se sabe.