Há cerca de três meses, funcionários e servidores da Secretaria de Fazenda do Rio de Janeiro (Sefaz) têm enfrentado um desafio diário: subir as escadas do prédio sede, localizado na Avenida Presidente Vargas, 670. A edificação, com 22 andares, originalmente possuía seis elevadores para atender a alta demanda nos dias úteis. No entanto, atualmente, apenas dois estão em funcionamento, segundo informações divulgadas pela TV Globo.
De acordo com relatos de funcionários, o acesso aos elevadores funcionais é restrito a superiores hierárquicos e gestores. Até mesmo idosos, pessoas com deficiência e obesos são obrigados a usar as escadas. A situação é ainda mais revoltante para aqueles que trabalham nos andares mais altos do prédio.
A Secretaria de Fazenda ocupa o prédio há 12 anos, desde 2012, após uma reforma significativa realizada pela Empresa de Obras Públicas (Emop). Com um investimento de R$ 33 milhões, a estrutura de 22 andares recebeu diversas modificações no layout interno e na fachada, incluindo a instalação de um sistema de ar condicionado central, cinco elevadores reformados e a instalação de um novo, além de uma subestação de energia com salas de painéis.
Dos seis elevadores mencionados, quatro não estão operando. Dois deles são muito antigos e estão parados há anos. Em julho, um terceiro elevador foi interditado após bater no teto e ferir uma funcionária. Logo depois, o quarto elevador também parou de funcionar devido à falta de peças. Os dois elevadores restantes são o de carga, que os funcionários não podem usar, e o chamado “elevador VIP”, reservado para pessoas autorizadas. Um papel com o título “Autorizados elevador” é fixado na parte interna, indicando quem pode utilizar o transporte.
Houve até relatos de pessoas passando mal e, mesmo assim, sendo impedidas de usar o tal do elevador VIP. A situação tem gerado indignação e críticas por parte dos servidores.
Em resposta às críticas, a Secretaria Estadual de Fazenda informou que está finalizando a licitação para contratar uma empresa que instalará novos elevadores, mas não deu um prazo específico para a conclusão. Além disso, a secretaria destacou que criou guichês de atendimento ao público no térreo, realocou servidores para andares mais baixos e liberou alguns funcionários para trabalhar de casa.
O prédio de 16 mil metros quadrados tem capacidade para aproximadamente 1.800 funcionários.