O bolsonarismo sofreu duas derrotas significativas no Rio de Janeiro, tanto na eleição para prefeito quanto para vereador. Embora Carlos Bolsonaro tenha alcançado um número expressivo de votos — mais de 130 mil — essa concentração prejudicou o desempenho de outros candidatos bolsonaristas no município. Em análise recente, o jornalista Quintino Gomes Freire destacou os impactos dessa estratégia e as falhas que impediram a eleição de outros dois nomes importantes do partido.
“Já havia alertado que essa concentração de votos no Carlos Bolsonaro ia causar problemas. E causou,” afirmou Quintino. O partido obteve sete cadeiras, mas poderia ter conquistado nove, se não fosse a falta de uma estratégia mais eficaz de distribuição de votos. Dois bolsonaristas, Arana Passos e Chagas Bola, ficaram de fora, apesar de precisarem de apenas algumas centenas de votos para garantir suas vagas.
Impacto da concentração de votos
A concentração excessiva de votos em Carlos Bolsonaro fez com que dois candidatos alinhados ao bolsonarismo perdessem suas cadeiras. Segundo Quintino, “se houvesse uma estratégia de divisão de votos, o partido teria feito nove cadeiras, ao invés de sete”. Além disso, o jornalista destaca que essas cadeiras não foram para partidos mais à direita, mas sim para o PSD, ligado ao prefeito Eduardo Paes.
“Essas cadeiras acabaram indo para Flávio Valle e Átila Nunes, do PSD, um presente involuntário do bolsonarismo,” comenta Quintino, apontando que a falta de uma estratégia política mais ampla acabou favorecendo partidos adversários.
Falta de uma estratégia de divisão
Para Quintino, a ausência de uma campanha coordenada para dividir os votos entre os candidatos do partido foi um erro crucial. Ele compara essa situação com outras lideranças que já aplicaram essa estratégia com sucesso. “Jorge Picciani fez isso no passado, Garotinho também, ao eleger Clarissa e Vladimir. Não havia razão para Bolsonaro não fazer o mesmo.”
Quintino sugere que, se Jair Bolsonaro tivesse feito uma campanha direcionada, indicando candidatos como Alana Passos em determinadas regiões e Chagas Bola em outras, o resultado poderia ter sido muito mais favorável ao partido.
Desempenho de outros eleitos
Além de Carlos Bolsonaro, outros candidatos do partido também conseguiram se eleger, mas, conforme ressalta Quintino, muitos deles têm vínculos mais estreitos com outras figuras políticas do que com o próprio Bolsonaro. “Se olharmos os eleitos, além de Carlos, os demais devem pouco ao Bolsonaro,” analisa ele, mencionando nomes como Paulo Messina, Fernando Armelau e Rafael Satiê.
Quintino também alerta que essa mesma falta de estratégia poderá prejudicar Bolsonaro em futuras eleições. “Esse erro estratégico pode voltar a acontecer em eleições federais, se novamente houver uma concentração de votos em Carlos Bolsonaro, enquanto outros candidatos bolsonaristas ficam de fora.”
O futuro do bolsonarismo no Rio
Quintino conclui sua análise sugerindo que Jair Bolsonaro deveria considerar delegar a articulação política a alguém mais experiente, como fez o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, ao escolher Gilberto Kassab para ajudá-lo nessa área. “Bolsonaro deveria entender que política é preciso saber fazer,” afirmou Quintino, sugerindo que a falta de uma estratégia clara pode continuar prejudicando o bolsonarismo no Rio de Janeiro e em outras regiões do Brasil.
Marçal só não botou o “Bolsonarismo” na roda pq um frente amplíssima impediu.
É interessante manter essa dicotomia autorizada e controlada (Bolsonarismo X Progressistas)
Marçal quase implode essa dinâmica. Quando tiverem algo mais robusto contra ele, vão poder controla-lo como controlam o “Bolsonarismo” e os progressistEs.
Marçal foi a barata que surpreendeu e chocou a todos quando abriu as asas para voar (o tipo de barata que mais assusta: a que voa)
Tarciso que se cuide. Um Marçal da vida ou próprio pode tira-lo do projeto Sagre 2035 do posto chefe Executivo da República.