Abandonado desde 2009, o Solar Del Rey, um casarão histórico utilizado por D. João VI em suas visitas à Ilha de Paquetá, finalmente receberá o restauro merecido. A construção, interditada em 2010 devido ao risco de desabamento, terá suas obras iniciadas na próxima semana, conforme informado pela Gerência de Centros Culturais da Secretaria Municipal de Cultura.
Nesta semana, agentes do órgão realizaram uma visita técnica ao prédio, acompanhados por lideranças da associação de moradores da ilha. A primeira fase das obras de restauração está programada para ser concluída em fevereiro de 2025, e atividades culturais já devem começar a ser realizadas no casarão em dezembro deste ano, mesmo com as obras em andamento, para moradores e turistas que visitam Paquetá.
Em 2020, o DIÁRIO DO RIO noticiou a situação de abandono do Solar Del Rey, que já foi a mais deslumbrante propriedade da ilha. Denúncias apontavam que o mato crescia alto, escondendo a casa, e o portão estava arrebentado.
O prédio, além de sua importância histórica, chegou a ser uma biblioteca pública, por um tempo a única de Paquetá. A edificação, uma das primeiras do Brasil a receber o tombamento federal em 1938, abrigou D. João VI, Príncipe Regente de Portugal, a partir do início do século XIX (1808), tempos depois coroado Rei D. João VI. Em 1946, a propriedade foi oficialmente denominada Solar Del Rey.
Desde outubro de 2009, os cariocas perderam o acesso ao espaço público que tem 532 metros quadrados de área construída, 4,4 mil metros quadrados de terreno e mais de 200 anos de história, que foi interditado pela Defesa Civil devido ao descaso dos órgãos competentes.