Cláudio Castro comemora decisão do STF e anuncia que não será candidato em 2026

Governador do Rio de Janeiro celebra o encerramento de investigações e planeja focar em sua gestão até o fim do mandato

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Governador Cláudio Castro durante solenidade de adesão ao Programa Pé-de-Meia / Foto: Rogério Santana

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), expressou alívio após a decisão do ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), de encerrar duas investigações contra ele. Com o fim dos inquéritos, Castro afirmou que terá tranquilidade para se dedicar à gestão do estado e confirmou que não será candidato em 2026. As informações são de Berenice Seara/Tempo Real RJ.

“Nos últimos 30 dias, convivi com os boatos de que seria preso. Estava com a espada de Dâmocles sobre a cabeça” — disse o governador, referindo-se à pressão que sentiu diante das investigações. “A decisão significa que agora vou ter paz para trabalhar os próximos dois anos, ainda mais porque não serei candidato a nada em 2026. Não vou me afastar, vou governar até o último dia.”

Castro relembrou que, desde a gestão de Rosinha Garotinho, que transmitiu o cargo a Sérgio Cabral em 2007, o Rio de Janeiro não tem uma cerimônia de transmissão de governo. “Cabral se reelegeu e depois renunciou para deixar Pezão no governo. Pezão estava preso e não passou o cargo para Witzel, que saiu por impeachment. E eu me reelegi. Vou fazer uma bela cerimônia de transmissão do cargo,” explicou.

O governador também revelou seus planos para o futuro fora da política: “Sou advogado e posso enfrentar esse desafio no setor privado.”

Foco no setor privado e afastamento da disputa política

Com a política do Rio em ebulição devido aos embates entre o presidente da Assembleia Legislativa, Rodrigo Bacellar (União Brasil), e o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), sobre a presidência do legislativo fluminense, Castro reforçou sua decisão de manter distância da disputa: “O assunto ‘eleição para a presidência da Assembleia’ é proibido no meu gabinete. Já disse isso a todo mundo lá, aos deputados e a quem mais me procurar.”

Decisão do STF encerra investigações por corrupção

Em julho deste ano, Castro foi indiciado por corrupção passiva e peculato em uma investigação que apurava desvios de recursos de programas estaduais entre 2017 e 2020. A defesa argumentou que o Ministério Público do Rio havia violado competências da Procuradoria-Geral da República e da Justiça Eleitoral ao fechar um acordo de delação com Marcus Vinícius Azevedo da Silva.

“Trataram a menção de Marcus Vinícius ao meu nome como um achado fortuito, mas todo mundo sabia que eu já estava citado no caso,” afirmou o governador.

Na decisão, o ministro André Mendonça destacou as irregularidades no processo: “Diante das nulidades verificadas e da umbilical correlação entre as duas investigações em curso, determina-se o trancamento dos inquéritos.”

O caso envolvendo Cláudio Castro

As suspeitas contra Castro começaram em 2020, quando o nome do governador foi mencionado em investigações sobre pagamentos indevidos relacionados à Fundação Leão XIII, durante a Operação Catarata, que investigava possíveis desvios em contratos de assistência social. O caso foi levado à Procuradoria-Geral da República em agosto de 2020, e, em abril de 2023, o ministro Raul Araújo, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), autorizou a abertura de um inquérito pela Polícia Federal.

Em julho de 2023, a defesa de Castro entrou com uma petição solicitando o cancelamento do relatório da Polícia Federal que indiciava o governador, alegando que o delegado responsável pela investigação havia descumprido normas ao não permitir que Castro fosse interrogado antes de ser indiciado. A defesa classificou a condução da investigação como ilegal e acusou o delegado de abuso de autoridade e viés político.

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1 COMENTÁRIO

  1. Isso realmente é muito sério!!! Porque não deram o direito de defesa ao governador!!! Ele realmente teve uma postura íntegra e cumprindo com o seu dever de governador, governando com respeito e serenidade até o julgamento final no STF. Isso não pode acontecer num país democrático direitos iguais,onde nem todos cidadão brasileiro tem condições de recorrer ao STF.

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