O prefeito Cesar Maia deu uma entrevista para a revista Eco falando de como a cidade do Rio age com o meio ambiente, o qual aconselho a todos a lerem, o blog Folha Verde reproduziu a entrevista. Mas o que mais me chamou a atenção foi a forma que o Rio ganhou o Pan (diga-se de passagem, tema que anda prendendo bastante a minha ateção). Leia o trecho:
É verdade que o Rio levou o Pan de 2007 graças à sua paisagem?
Cesar Maia – Ganhei o PAN no discurso que fiz no México. A apresentação anterior à nossa foi a dos Estados Unidos, que teve vários efeitos especiais, presença de atletas cheios de medalhas de ouro. Aà mostraram todos os equipamentos, a vila, como é que ia ser, aquela coisa maravilhosa. No final terminaram fazendo uma chuva de papel picado, coisa de americano. Quando acabaram, a gente ficou sem saber o que fazer para enfrentar aquilo. Tentamos ganhar tempo. Simulamos um problema com os computadores que tÃnhamos para fazer nossa apresentação e pedimos meia hora, 40 minutos, pra ver se o pessoal esquecia um pouquinho aquele troço. A gente não tinha como competir. Deram 40 minutos e quando voltamos, jogamos no imenso painel que estava atrás do palco uma imagem de 180º do Rio ao entardecer, pegando o Pão de Açúcar. A platéia e os delegados ficaram boquiabertos e você só escutava aquele “oooohhhhhh”. Começamos a levar o Pan naquela imagem.
E o que a natureza do Rio vai ganhar com os jogos?
César Maia – Basicamente hoje o que está se trabalhando é carbono zero. Tentaremos fazer a compensação das emissões dos jogos, embora não tenhamos uma medição do que isso vai ser. Só vai dar para tê-la ao fim dos jogos. Mas vamos nos mexer assim mesmo. Vamos criar o bosque do Pan. Eu também me reuni com um grande grupo sucroalcooleiro de São Paulo que quer que todos os ônibus do Pan sejam com biodiesel. Eles dariam estandes para colocar em postos de gasolina. E estamos tentando financiamento junto com o governo federal para despoluir em cinco anos o conjunto de lagoas da Barra da Tijuca, bairro que sediará 70% das modalidades dos jogos. É um sistema lacustre identificado como uma coisa prioritária para se preservar e que até hoje não saiu do papel.