Há 3 meses, uma ordem de despejo emitida para os barracões das escolas de samba Império Serrano e Acadêmicos de Niterói, na Rua Frederico Silva, nas proximidades do “Balança Mas Não Cai”, no Centro do Rio, desencadeou uma situação de incerteza. O terreno onde os barracões estão localizados foi destinado pelo governo estadual ao programa Minha Casa, Minha Vida, que pretendia construir no local 60 unidades habitacionais para famílias da ocupação Luiz Gama, também no Centro.
O programa habitacional se destina a realocar mais de 70 moradores. O investimento no projeto é significativo, com previsão de R$ 10,2 milhões para a construção das unidades e um adicional de R$ 510 mil destinados a iniciativas sociais no entorno, com o objetivo de integrar os novos moradores à área.
A situação se tornou ainda mais complexa em agosto, quando o governador Cláudio Castro interveio, declarando que a inclusão do terreno onde estão os barracões das escolas de samba no programa habitacional havia ocorrido por engano. Em pronunciamento, Castro afirmou que o estado havia disponibilizado uma lista de terrenos para o Minha Casa, Minha Vida e que, erroneamente, dois espaços destinados a essas tradicionais agremiações foram incluídos no programa. “O Estado tem vários programas e, dentre eles, essa parceria com o Minha Casa, Minha Vida. Nós jamais tiraremos a escola. Esse erro foi identificado, e as escolas não serão removidas”, garantiu o governador, ressaltando a importância social e cultural das escolas de samba para a comunidade.
Apesar dessa declaração, o impasse persiste. A Caixa Econômica Federal, responsável pela avaliação e aprovação dos terrenos para o Minha Casa, Minha Vida, afirmou que não é possível trocar o local sem que haja uma justificativa de emergência, calamidade pública ou impedimento judicial. A instituição destacou que o processo já foi aprovado e que o projeto precisa se manter conforme a inspeção e a análise técnica realizada.
A resposta do governo estadual ao Ministério Público Federal, que questionou a possibilidade de cancelamento das construções e a viabilidade do projeto habitacional, detalhou o passo a passo das negociações realizadas até o momento. Contudo, o governo não apresentou uma solução concreta que permita a continuidade das obras dentro do programa, mantendo a área onde estão os barracões fora do projeto habitacional.
A conquista desse endereço no centro do Rio é de um grupo de famílias trabalhadoras, que muito lutam para ter moradia digna, seguramente é um passo importe e ao alçanso de quem se une e se organiza e também desenvolve consciência política e social em busca de no exercício da cidadania contribuir para a vida eca sociedade. Essas famílias não merecem descriminação ou desrespeito com as comparações pejorativas atribuídas a outras experiências das quais não fazem parte. O senhor governador do Estado do Rio muito fará bem em cumprir sua palavra para com o projeto aprovado das moradias e certamente poderá, a Caixa Econômica Federal está correta e gostaria que todos pudessem pensar um pouco mais e pesquisar o tema antes de lançarem opiniões sem embasamento apropriado.
Também não concordo com a posição da Caixa! A final houve um erro, foi identificado e a Caixa não quer voltar atrás? Tá bom, mas aqui não vai construir! Rs
Mas falando sério, não concordo porque ali ainda faz parte do centro comercial do Rio de Janeiro. Nem concordo que haja moradias nesse bairro, mas… Temos que morar onde nossas pernas alcançam. Eu por exemplo, gostaria de morar no Leblon, mas minhas pernas não alcançam. Saca? Tenho que trabalhar bem mais se quiser morar na Tijuca, imagine no Leblon!
É o que eu acho!
Bom, sei que todo mundo precisa de moradia, mas destinar um excelente terreno ao projeto MINHA, não teria meu aval, pois não vejo com bons olhos e com o passar do tempo, virará uma nova favela com um puxadinho aqui outro ali e não vai ficar legal aos olhos da população. Estão querendo recriar a Vila Mimosa.
Já fizeram um MINHA casa minha vida no belo terreno onde foi o presídio.
E hoje vejam como ficou…