Duas praias do Rio de Janeiro estão na mira para se tornarem áreas de proteção marinha estaduais até o ano que vem, marcando um passo pioneiro na conservação da biodiversidade sob a gestão do Instituto Estadual do Ambiente (Inea). As praias em questão são Grumari e Prainha, na Zona Oeste da capital, que serão integradas ao Parque Estadual Marinho das Praias Selvagens, além de uma área costeira no Norte Fluminense, que está sendo considerada pelo Inea.
O anúncio foi feito durante a Conferência das Nações Unidas sobre Biodiversidade (COP16), na Colômbia, como parte das estratégias do Governo Estadual para contribuir com a meta global de conservar 30% dos mares até 2030, conforme estabelecido no Marco Global de Biodiversidade de Kunming-Montreal de 2022.
Apesar do entusiasmo em torno da criação das novas áreas de proteção, há uma série de etapas que precisam ser concluídas antes da implementação efetiva das unidades marinhas. Uma das maiores barreiras é a lacuna de dados e conhecimentos sobre a biodiversidade marinha na região. As parcerias com instituições de pesquisa, ONGs e outras organizações são fundamentais para elaborar estratégias eficazes para impedir e reverter a perda de biodiversidade. Essas colaborações ajudarão a definir os melhores métodos de conservação e garantir que as novas áreas protegidas sejam bem-sucedidas em seus objetivos.
O Inea planeja que as áreas sejam estudadas detalhadamente após a criação das unidades de proteção. De acordo com o Instituto, o processo de criação de uma das reservas marinhas deve iniciar ainda em 2025.