Informalidade domina pequenos negócios no Rio de Janeiro: 68,9% dos empreendimentos não são formalizados

Apenas 33% dos negócios formais no estado têm empregados; Sebrae destaca importância da formalização para benefícios e acesso a crédito

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Foto: Daniel Martins/DIÁRIO DO RIO

O empreendedorismo tem se mostrado uma alternativa para reinserção no mercado de trabalho, mas a informalidade ainda predomina entre os pequenos negócios. Uma sondagem do Sebrae Rio, baseada em dados da Pnad-Contínua, revela que no Rio de Janeiro 68,9% dos pequenos negócios estão na informalidade, uma taxa semelhante à média nacional, onde 66,4% dos empreendedores operam de maneira informal. Apenas 31,1% dos negócios no estado são formalizados, uma realidade que limita o acesso a benefícios sociais e outras vantagens.

“Quando o negócio é formalizado, o empreendedor adquire direitos. Pela falta de informação ou pelo negócio ser embrionário, muitos desconhecem quais são os direitos, benefícios e obrigações,” explica Antonio Alvarenga, diretor-superintendente do Sebrae Rio. “A formalização de uma empresa em MEI, por exemplo, é uma oportunidade para quem deseja sair da informalidade e garantir as vantagens do Seguro Social.”

Nos empreendimentos informais, 97% dos donos trabalham por conta própria, e apenas 3% possuem empregados. Esse percentual de empregadores cresce para 33% entre os negócios formalizados, enquanto 67% ainda atuam de forma independente. Quando analisados por gênero, observa-se que a informalidade atinge 70,6% das mulheres, enquanto entre os homens, a taxa é de 67,9%.

Setores e Renda dos Negócios Informais

A maior parte dos empreendimentos informais no estado está concentrada no setor de serviços, que responde por 58,9% do total. Outros setores incluem o comércio (15,9%), construção civil (15,5%), indústria (6,6%) e agropecuária (3,1%).

Alvarenga destaca as diferenças de renda e benefícios entre os empreendedores formais e informais: “A renda média dos donos de negócios formais fluminenses é quase três vezes maior que a renda das atividades informais. O empreendedor formal adquire benefícios fiscais, acessa novos mercados, negocia melhores contratos com fornecedores, tem acesso a crédito diferenciado e garantias previdenciárias.”

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