Na manhã desta segunda-feira (04/11), a Prefeitura do Rio de Janeiro apresentou o Plano Verão 24/25, detalhando as principais ações para preparar a capital fluminense para a temporada de chuvas e calor intensos que se aproxima. De acordo com o Jornal G1, o objetivo da iniciativa é tornar a cidade mais resiliente e proteger os cariocas.
Entre as medidas estão o protocolo de calor, o super-radar meteorológico e uma parceria com a NASA. Com recursos federais que chegam a R$ 1 bilhão, o prefeito Eduardo Paes (PSD) também anunciou obras de infraestrutura no Jardim Maravilha, Acari, Realengo e na Bacia do Canal do Mangue, na Grande Tijuca, para corrigir problemas históricos de inundações, além da limpeza de bueiros e da dragagem de rios.
“Eventos de chuvas fortes certamente acontecerão. Nosso esforço é pecar pelo excesso, mas a população precisa estar atenta e colaborar com as autoridades”, afirmou o prefeito, segundo o G1.
Vale lembrar que a gestão do prefeito reeleito Eduardo Paes (PSD) publicou no dia 29 de outubro o Protocolo de Enfrentamento ao Calor Extremo, que define e detalha as medidas a serem adotadas nos diferentes serviços e operações da rede municipal de saúde, como assistência, vigilância em saúde e vigilância sanitária, de acordo com a classificação do nível de calor (NC).
Conforme a Secretaria Municipal de Saúde, trata-se de um documento pioneiro de gestão na área. As medidas previstas vão desde normas de comunicação e preparação para os primeiros estágios do plano de contingência até possíveis intervenções na operação do município.
As diretrizes incluem o estabelecimento de protocolos clínicos para o manejo das condições sensíveis ao calor, a adaptação de atividades externas essenciais, a ampliação dos serviços de atendimento, a indicação de equipamentos públicos para resfriamento e, até mesmo, o adiamento ou cancelamento de eventos de grande porte, conforme a avaliação do cenário meteorológico.
Os níveis de calor foram apresentados à população em junho e fixados no Decreto Rio 54.740, que também instituiu o Comitê de Desenvolvimento de Protocolos para Enfrentamento de Calor Extremo (CDPECE), composto pelo Centro de Operações e Resiliência (COR), Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Clima (SMAC). A classificação possui cinco níveis de risco — de NC1 a NC5 — que variam em função da temperatura e da umidade relativa do ar registradas na cidade.
O NC também considera modelos numéricos de previsão de temperatura estimados para três dias, atualizados a cada quatro horas. Em caso de mudança na classificação, o COR, responsável pelo monitoramento do NC, emite alertas para a população pelos principais canais de comunicação do órgão e da SMS: site, redes sociais, aplicativo e demais canais.
A morte de uma fã por hipotermia durante o show de Taylor Swift no Engenhão, em 2023, foi uma das razões para a criação dessa norma.
Sobre o impacto do calor excessivo, a Prefeitura deve apresentar futuramente novas medidas de prevenção em saúde, em conjunto com as secretarias municipais de Saúde e de Meio Ambiente e Clima.