O Núcleo de Artes e Novos Organismos (Nano-UFRJ) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) lançará, na próxima semana, um inovador biorreator capaz de gerar energia elétrica a partir de água poluída e algas marinhas da Baía de Guanabara. Equipado com um sistema autônomo de navegação que utiliza boias, propulsores e painéis solares, o dispositivo será testado na Ilha do Fundão, durante o evento colaborativo “Hiperorgânicos 11 – Simpósio Internacional de Pesquisa em Arte, Hibridação, Biotelemática e Transculturalidades”. O evento ocorrerá entre os dias 5 e 8 de novembro na Escola de Belas Artes da UFRJ.
O projeto, liderado pela coordenadora do Nano-UFRJ, Malu Fragoso, visa utilizar o biorreator como uma estação-laboratório flutuante, capaz de monitorar e processar dados ambientais que serão transformados em uma instalação artística. Esta edição do “Hiperorgânicos”, com o tema “Flutuações”, busca inspirar novas perspectivas sobre a intersecção entre arte, ciência e tecnologia.
Fragoso explica que o projeto surgiu em sintonia com a “Década dos Oceanos”, iniciativa da ONU para proteger os ecossistemas marinhos. “Queremos explorar a poluição marítima e transformar a observação em arte e a matéria orgânica em energia”, comenta.
O evento terá ainda a participação de Jonas Esteves de Bem, doutorando em Poéticas Interdisciplinares, e contará com um OpanLab (laboratório aberto) de três dias, seguido de um simpósio no Parque Tecnológico da UFRJ, tudo gratuito ao público.
Serviço
- Evento: Hiperorgânicos 11 – Simpósio Internacional de Pesquisa em Arte
- Local: Escola de Belas Artes da UFRJ, Ilha do Fundão, Rio de Janeiro
- Data: 5 a 8 de novembro
- Programação: OpanLab de 5 a 7 de novembro; Simpósio em 8 de novembro
- Acesso: Gratuito, informações em hiperorganicos.art