Audiência pública na Alerj discute condições de trabalho na Amazon e em empresas de aplicativos

Audiência pública na Alerj aborda condições de trabalho e a precarização dos trabalhadores da Amazon e de aplicativos, com presença de líderes sindicais nacionais e internacionais.

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Imagem criada por Inteligência Artificial

A Comissão de Trabalho, Legislação Social e Seguridade Social da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) realizou, nesta terça-feira (5/11), uma audiência pública para debater as dificuldades enfrentadas por trabalhadores da Amazon e de outras plataformas de aplicativos. Durante o encontro, representantes de sindicatos e funcionários discutiram questões como baixa remuneração, condições de trabalho degradantes e jornadas exaustivas.

O evento contou com a presença de Christian Smalls, presidente do primeiro sindicato da Amazon nos Estados Unidos, que trouxe à tona a semelhança entre os desafios vividos por trabalhadores no Brasil e em seu país. Segundo ele, “para conseguir formar o sindicato, você precisa pegar todas as assinaturas e apresentar ao governo, mas a Amazon demitiu 1.000 pessoas que tinham assinado o requerimento. Apesar de a empresa ter feito de tudo para impedir o crescimento do grupo, desde abril de 2022, ainda temos 50% de apoio dentro da categoria”.

A deputada Dani Balbi (PCdoB), presidente da comissão, destacou como o modelo de trabalho baseado em aplicativos intensificou a precarização. “Essas modalidades, que não são cobertas pela legislação trabalhista, avançaram no sentido da uberização. Esse fenômeno guarda muitas semelhanças com o que vemos nos Estados Unidos e outras partes do mundo, onde há um ataque sistemático aos sindicatos e ao diálogo produtivo com os trabalhadores”, afirmou Balbi.

Outro participante, o deputado Flávio Serafini (PSOL), enfatizou a necessidade de buscar estratégias internacionais para regulamentar essas relações de trabalho. “É importante refletir sobre as diferentes formas de regulação para que essas corporações não continuem explorando trabalhadores do mundo inteiro”, pontuou.

Márcio Ayer, presidente do Sindicato dos Comerciários do Rio de Janeiro, destacou a importância da mobilização conjunta para enfrentar essa situação. “Nós sabemos da situação que esses trabalhadores são submetidos dentro dos grandes centros de distribuição. A realidade da precarização é evidente não só aqui no Brasil, por isso esse diálogo é importante”.

Também estiveram presentes na audiência representantes da Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB/RJ), o Sindicato dos Bancários e o Sindicato dos Empregados do Comércio, que reforçaram a necessidade de união e articulação para buscar melhorias na proteção e nas condições de trabalho desses profissionais.

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