Neste sábado, às 10h, será celebrada a Missa Fúnebre de Exéquias em honra de Dom Antônio de Orleans e Bragança, Príncipe Imperial do Brasil. À frente da celebração, na Igreja da Imperial Irmandade de Nossa Senhora da Glória do Outeiro, estará o Padre Jose Edilson de Lima, da administração apostólica. A Santa Missa será oficiada no Rito Tridentino – ou extraordinário, com especial permissão do Cardeal Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani Tempesta.
A celebração – de corpo presente – será acompanhada por um dueto de vozes e um trio de instrumentistas. O Rito Tridentino vigeu nas celebrações da Santa Igreja até o Concílio Vaticano II. Nesse rito, as Santas Missas são oficiadas em latim, e com diferenças litúrgicas em relação ao que é feito hoje em dia nas paróquias de todo o mundo; era a forma de rezar as missas até o início dos anos 1970.
Entre as presenças confirmadas na Missa de Exéquias em honra de Dom Antônio de Orleans e Bragança estão Dom Bertrand de Orleans e Bragança, Chefe da Casa Imperial, e outros membros da Família Imperial do Brasil.
Dom Antônio João Maria José Jorge Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Orleans e Bragança era Cavaleiro da Ordem de Malta, tradicional e milenar instituição católica.
Falecimento:
Dom Antônio Orleans e Bragança faleceu na manhã desta sexta-feira (8), aos 74 anos. O Príncipe Imperial do Brasil estava internado na Casa de Saúde São José, no Humaitá, na Zona Sul carioca, desde julho. Segundo a unidade hospitalar, Dom Antônio foi internado por conta de problemas respiratórios. O seu falecimento, segundo a Casa de Saúde, se deu por doença pulmonar obstrutiva.
O Príncipe, que era o segundo na linha de sucessão, era bisneto da Princesa Isabel e trineto de Dom Pedro II. Dom Antônio deixa esposa, Dona Christine de Ligne de Orleans e Bragança, três filhos: Dom Rafael de Orleans e Bragança, Dona Maria Gabriela e Dona Amélia de Orleans e Bragança; além de dois netos, Joaquim e Nicholas Spearman.
Dom Antônio de Orleans de Bragança também era pai de Pedro Luís de Orleans e Bragança, que faleceu em 2009, aos 26 anos, na queda do voo 447 da Air France. Na época, o Príncipe Imperial discursou na Santa Missa em memória dos passageiros, na Igreja de Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé, no Centro do Rio.
O corpo de Dom Antônio Orleans e Bragança será sepultado, neste sábado, no município de Vassouras, na região Centro-Sul do Estado do Rio de Janeiro, onde chegará o cortejo fúnebre saído da Igreja da Glória.
Em nota, a Casa Imperial do Brasil, lamentou o falecimento de Dom Antônio e apresentou o pedido do Príncipe Dom Bertrand de Orleans e Bragança, chefe da Casa Imperial do Brasil, de orações em sufrágio da alma de seu querido e sempre leal irmão.
“Cumprimos o doloroso dever de comunicar o falecimento de Sua Alteza Imperial e Real o Príncipe Imperial do Brasil, Dom Antonio de Orleans e Bragança, que, hoje, dia 8 de novembro de 2024, na cidade do Rio de Janeiro, aos 74 anos de idade, confortado com os Sacramentos da Santa Igreja, Deus Nosso Senhor teve por bem chamar a Si. O falecido deixa esposa, a Princesa Imperial Viúva do Brasil, Dona Christine de Ligne de Orleans e Bragança; filhos, o Príncipe Imperial do Brasil, Dom Rafael de Orleans e Bragança, e as Princesas Dona Maria Gabriela e Dona Amélia de Orleans e Bragança; genro, James Spearman; e netos, Joaquim e Nicholas Spearman. Profundamente consternado, o Príncipe Dom Bertrand de Orleans e Bragança, Chefe da Casa Imperial do Brasil, a todos encarece orações em sufrágio da alma de seu dileto e sempre leal irmão. Informações sobre as Exéquias serão disponibilizadas oportunamente”, informou a nota.
Quem era Dom Antônio de Orleans e Bragança:
Nascido no Rio de Janeiro, em 24 de junho de 1950, Dom Antônio era o 7º dos 12 filhos do príncipe Pedro Henrique de Orleans e Bragança, ex-chefe da Casa Imperial do Brasil (CIB), e Maria da Baviera de Orleans e Bragança, chamada de Princesa Maria Elizabeth. Dom Antônio era irmão de Dom Bertrand de Orleans e Bragança, de 83 anos, atual chefe da CIB.
O Príncipe Imperial do Brasil concluiu o curso de Engenharia Civil pela Universidade de Barra do Piraí – atual Centro Universitário Geraldo Di Biasi, no Sul fluminense, em 1976. Dom Antonio trabalhou na Construtora Adolpho Lindenberg, empresa na qual ingressou ainda como estagiário. Ele também trabalhou na Nuclebrás Engenharia, atual Eletrobrás Eletronuclear; na assessoria da presidência da Varig Agropecuária e na área comercial de diferentes divisões do Grupo Belgo-Mineiro.
Além de uma sólida formação técnica, Dom Antônio também era reconhecido por seu talento artístico, tendo pintado mais de 600 aquarelas, nas quais retratou as belezas naturais e arquitetônicas do Brasil e da Europa, País e continente onde suas obras foram expostas, com grande sucesso.
Casa Imperial
A Casa Imperial (ou real, ou principesca) é uma instituição comum em todo país que no passado foi monarquia. Desde a Rússia, até Itália, Portugal, Alemanha e França, as famílias reais se organizam em torno de casas monárquicas, de forma a manter acesa a ideia da volta das monarquias, a exemplo do que ocorreu, por exemplo, na Espanha. Países que tiveram mais de uma família real, como a França, têm mais de uma Casa. Estas instituições gerem os movimentos monárquicos e por vezes a concessão de honrarias, brasões e títulos, sendo que aqui no Brasil a organização é contrária a esta prática ‘enquanto’ a monarquia não for o regime de governo do país.