Rio de Janeiro sedia encontro internacional de superdotados para debater direitos e inclusão de pessoas com alto QI

Mensa reúne superdotados de 12 países no Rio de Janeiro para discutir os direitos e a inclusão de pessoas com alto QI no GLAM 2024, evento que aborda temas como políticas públicas e saúde mental

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De 15 a 18 de novembro, o Rio de Janeiro será palco do GLAM 2024 (Gathering of Latin American Mensas), evento que reúne superdotados de 12 países para debater os direitos e os desafios de inclusão de pessoas com alto QI. Organizado pela Mensa na América Latina, o encontro reunirá cerca de 250 participantes, incluindo membros da África do Sul, Alemanha, Argentina, Canadá, Chile, Colômbia, EUA, Bélgica, Noruega, Suécia, Rússia e México, além da Mensa Brasil, anfitriã do evento.

O encontro, que ocorrerá no South American Copacabana Hotel, contará com uma programação diversificada, incluindo dezenas de palestras de especialistas, atividades de lazer e uma mesa-redonda de abertura aberta à imprensa. O evento visa promover o intercâmbio de ideias e a construção de políticas para a inclusão e o aproveitamento do potencial das pessoas superdotadas no Brasil e no mundo.

Mesa-redonda de Abertura e Discussão de Políticas Públicas

Um dos momentos mais esperados do evento é a mesa-redonda de abertura, que discutirá os desafios de garantir os direitos dos superdotados no Brasil e como aproveitar suas habilidades em prol do desenvolvimento social. Com mediação da jornalista e escritora Geovanna Tominaga, o painel contará com a presença de:

  • Denise Arantes Brero: Vice-presidente do Conbrasd (Conselho Brasileiro para Superdotação)
  • Carlos Eduardo Fonseca: Presidente da Mensa Brasil
  • Thiago Abreu: Advogado especializado em causas de superdotados
  • Kedman Bessa: Professora responsável por sala de recursos para superdotados no Rio de Janeiro
  • Priscila Zaia: Psicóloga supervisora da Mensa Brasil

“Identificar pessoas com altas capacidades é essencial para desenvolver políticas públicas de superdotação, um campo no qual o Brasil ainda precisa avançar,” afirma Carlos Eduardo Fonseca, presidente da Mensa Brasil. “Estudos mostram que até 11% da população pode ser superdotada, mas a identificação e o atendimento a esse público ainda são limitados.” Ele cita como exemplo Portugal, que, com uma população de 10 milhões, já identificou 60 mil superdotados, contrastando com o Brasil, que ainda possui grande número de superdotados sem acesso ao suporte adequado.

Saúde Mental e Inteligência Artificial

Além de discutir políticas públicas, o evento abordará temas como saúde mental em meio às pressões por alto desempenho e os avanços da inteligência artificial e suas aplicações no desenvolvimento cognitivo. Outras áreas de destaque incluem linguagem, música e a relação entre inteligência e criatividade, refletindo a diversidade de interesses e habilidades dos participantes.

A Importância da Identificação e Inclusão de Superdotados

Atualmente, a Mensa Brasil possui um registro de aproximadamente 4 mil pessoas identificadas com superdotação no país, sendo mais de 1,2 mil crianças e adolescentes. No entanto, o número de superdotados atendidos pelas políticas educacionais ainda é limitado. “Trazer esse problema para o debate público é imprescindível para o pleno atendimento dos direitos dessas pessoas,” destaca Fonseca. “A Mensa tem papel fundamental nesse processo, contribuindo com a identificação e o apoio ao desenvolvimento do potencial dos superdotados.”

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