Após as eleições, recursos destinados ao asfaltamento das ruas do Rio despenca em 2025

Em 2023, o orçamento do programa Asfalto Liso era de R$ 270 milhões; passando para R$ 478 milhões em 2024; e despencando para R$ 224 milhões, em 2025

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Maquinas atuando no Boulevard 28 de Setembro - Divulgação

Após ações intensas promovidas no âmbito do programa Asfalto Liso, a Prefeitura do Rio deve reduzir em 53% o orçamento destinado ao asfaltamento de ruas da cidade em 2025, comparativamente a 2024, ano de eleições. O recuo nos investimentos está sendo criticado por opositores de Eduardo Paes (PSD), que veem uma possível motivação eleitoral nas intervenções realizadas este ano.

Segundo o vereador Pedro Duarte (Novo), crítico da “política do asfalto”, o Asfalto Liso contava com previsão orçamentária de R$ 270 milhões em 2023; passando para R$ 478 milhões em 2024. Para o ano que vem, no entanto, o volume de investimento despenca para R$ 224 milhões. Na Secretaria Municipal de Conservação (SECONSERVA), a situação se repete, com o orçamento caindo de R$ 1,1 bilhão para R$ 550 milhões. A redução chamou a atenção dos vereadores durante uma audiência pública realizada, na última quinta-feira (7), na Câmara Municipal do Rio (CMRJ).

Ao ser confrontado pela equipe de Pedro Duarte, o secretário da SECONSERVA, Marco Aurélio Regalo de Oliveira, afirmou que as obras do Asfalto Liso seguem um cronograma contratual de quatro anos. Explicação que foi recebida com ceticismo.

“O problema não está nos valores do orçamento de 2025 e, sim, quando comparamos com o de 2024. Em ano eleitoral, o orçamento disparou, e onde isso ocorreu? Justamente na ação que trata de asfalto”, criticou o vereador do Novo, segundo o Tempo Real.

A contratação de empréstimo para financiar o programa Asfalto Liso também foi outro ponto a inquietar os vereadores. A atual gestão de Eduardo Paes contraiu, aproximadamente, R$ 5 bilhões em empréstimos, sem que 10% desse valor foi destinado ao asfaltamento. Escolha também questionada por Pedro Duarte.

“O uso de empréstimos para uma ação de conservação é uma má prática. A Prefeitura vai passar 5, 10 anos pagando por algo que precisa ser feito periodicamente”, ressaltou Duarte.

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