A realização da Cúpula do G20 no Rio de Janeiro, durante a presidência brasileira, gerará um impacto econômico estimado em R$ 595,3 milhões, consolidando o protagonismo da cidade no cenário internacional. A movimentação econômica inclui R$ 226,3 milhões em despesas operacionais e R$ 32 milhões investidos na reforma do Museu de Arte Moderna (MAM), palco principal do evento.
A Cúpula, realizada de dezembro de 2023 a novembro de 2024, envolveu mais de 120 mil participantes e a organização de 130 eventos, impulsionando setores como turismo, cultura e negócios.
“O G20 no Rio é mais do que um evento econômico, é uma vitrine da capacidade do Rio de integrar a agenda global de desenvolvimento. Este legado de transformação reflete o compromisso de toda a cidade em se conectar ao mundo”, afirmou o prefeito Eduardo Paes.
Impactos econômicos e sociais
Os números apresentados pela publicação “G20 em Dados”, desenvolvida pelo Instituto Fundação João Goulart (FJG), Comitê Rio G20 e a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Econômico (SMDUE), revelam:
- R$ 595,3 milhões em movimentação econômica, incluindo despesas operacionais, turismo e infraestrutura.
- Participação de 270 ministros e vice-ministros estrangeiros.
- Presença de seis vencedores do Prêmio Nobel, como Nadia Murad e Kip Thorne.
- Mais de 900 horas de eventos realizados na cidade.
“O impacto econômico e o legado diplomático do G20 são inegáveis. Mas o verdadeiro ganho é a transformação da cidade em um centro global para inovação, sustentabilidade e alianças estratégicas”, destacou Lucas Padilha, presidente do Comitê Rio G20.
Infraestrutura e logística
A realização do evento envolveu a mobilização de 27 órgãos municipais, com cerca de 550 servidores públicos. Algumas iniciativas de destaque:
- Transporte e segurança: A Guarda Municipal e a CET-Rio operaram com 939 veículos e monitoramento em tempo real de 120 a 180 câmeras.
- Iluminação: A Rioluz instalou 345 pontos de iluminação adicionais, especialmente ao redor do MAM.
- Monitoramento urbano: O Centro de Operações Rio (COR) coordenou ações 24 horas, integrando segurança, trânsito e logística.
- Saúde: Postos médicos e ambulâncias foram disponibilizados pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) nos locais dos eventos.
Legado cultural e educacional
O G20 no Rio não apenas trouxe benefícios econômicos, mas também deixou um legado cultural e educacional significativo.
- Projetos educacionais: A Secretaria Municipal de Educação (SME) promoveu discussões com estudantes, incluindo o projeto Andar (Agência de Notícias dos Alunos da Rede), que abordou temas globais como justiça climática e equidade.
- Eventos paralelos: A cidade sediou o Urban 20 e o Y20, encontros que reuniram prefeitos globais e jovens líderes para debater desenvolvimento sustentável e combate à pobreza.
- Reformas estruturais: As obras no Museu de Arte Moderna e no Aterro do Flamengo reforçam o legado físico e cultural para a cidade.
Um Rio conectado ao mundo
A realização do G20 no Rio reafirma a cidade como um dos principais destinos para eventos globais, consolidando décadas de estratégia liderada pelo prefeito Eduardo Paes. Para o secretário em exercício Thiago Dias, os números são impressionantes, mas o ganho de imagem para a cidade é inestimável. “Além do impacto econômico, a capital do G20 mostrou ser o centro da atenção global, atraindo investimentos e revitalizando o Rio de Janeiro para o futuro”, avaliou Dias.
Com uma combinação de diplomacia, economia e inovação, o G20 no Rio deixa um legado que ultrapassa os números, marcando a cidade como uma referência global.
É evidente que há entraves em IDH, segurança pública e mobilidade urbana.
Porém, sem o avanço (recente) da conectividade aérea do Galeão, o Rio destino global não seria possível.