Nesta quinta-feira (14), ao meio-dia, será celebrada a Missa de Sétimo Dia em Sufrágio da Alma do Príncipe Imperial do Brasil, Dom Antônio de Orleans e Bragança, na Igreja Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé, localizada na Rua 1° de Março s/n°, Praça XV, Centro do Rio de Janeiro.
A Igreja Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé tem um significado todo especial na História do Brasil e da Igreja Católica, por ter sido a Capela Imperial nos tempos da Monarquia no Brasil. A cerimônia será presidida pelo Padre Silmar Fernandes, que integra a Comissão de Patrimônio da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro (ArqRio). Nesta igreja Dom João VI foi aclamado Rei de Portugal, e nossos dois imperadores foram coroados.
A Santa Missa contará com o acompanhamento do tradicional Coral dos Canarinhos de Petrópolis, cidade serrana onde parte da Família Imperial do Brasil vive até hoje. Uma das princesas brasileiras já integrou as fileiras do Coral das Meninas dos Canarinhos de Petrópolis.
A celebração em Sufrágio da Alma do Príncipe Imperial do Brasil será prestigiada pelas principais Ordens Católicas; a Ordem do Santo Sepulcro de Jerusalém e da Ordem de Malta, da qual o Príncipe Imperial era Cavaleiro. Também estarão presentes lideranças políticas, autoridades de vários seguimentos sociais, além de devotos católicos.
Simultaneamente, em São Paulo, também será celebrada uma Missa de Sétimo Dia, na Igreja Nossa Senhora do Brasil, localizada na praça homônima, número 1, no bairro Jardim América, na capital. A cerimônia será acompanhada por Dom Bertrand de Orleans e Bragança, irmão do Dom Antônio, que esteve na Missa de Corpo Presente, celebrada pelo Padre José Edilson de Lima, na Igreja de Nossa Senhora da Glória do Outeiro, na Zona Sul da cidade, no último sábado (9). Após a celebração, Dom Bertrand, de 83 anos e atual Chefe da Casa Imperial do Brasil, retornou a São Paulo, onde reside juntamente com outros membros da Família Imperial, como o Príncipe e deputado federal Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP).
Dom Antônio João Maria José Jorge Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Orleans e Bragança faleceu na manhã da sexta-feira (8), aos 74 anos. O Príncipe Imperial do Brasil estava internado na Casa de Saúde São José, no Humaitá, na Zona Sul, desde julho, e faleceu em decorrência de problemas respiratórios.
Nascido no Rio de Janeiro, em 24 de junho de 1950, Dom Antônio era o 7º dos 12 filhos do Príncipe Pedro Henrique de Orleans e Bragança, ex-chefe da Casa Imperial do Brasil, e Maria da Baviera de Orleans e Bragança, chamada de Princesa Maria Elizabeth. O Príncipe Imperial, que era o segundo na linha de sucessão, era bisneto da Princesa Isabel e trineto de Dom Pedro II. Dom Antônio deixou esposa, Dona Christine de Ligne de Orleans e Bragança, três filhos: Dom Rafael de Orleans e Bragança, Dona Maria Gabriela e Dona Amélia de Orleans e Bragança; além de dois netos, Joaquim e Nicholas Spearman.
Dom Antônio de Orleans de Bragança também era pai de Pedro Luís de Orleans e Bragança, que falecido aos 26 anos, na queda do voo 447 da Air France, em 2009. Na época, o Príncipe Imperial discursou na Santa Missa em memória dos passageiros, na Igreja de Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé, no Centro do Rio.
O corpo do Príncipe Imperial foi sepultado, no sábado, no município de Vassouras, na região Centro-Sul do Estado do Rio de Janeiro.
Casa Imperial
A Casa Imperial (ou real, ou principesca) é uma instituição comum em todo país que no passado foi monarquia. Desde a Rússia, até Itália, Portugal, Alemanha e França, as famílias reais se organizam em torno de casas monárquicas, de forma a manter acesa a ideia da volta das monarquias, a exemplo do que ocorreu, por exemplo, na Espanha. Países que tiveram mais de uma família real, como a França, têm mais de uma Casa. Estas instituições gerem os movimentos monárquicos e por vezes a concessão de honrarias, brasões e títulos, sendo que aqui no Brasil a organização é contrária a esta prática ‘enquanto’ a monarquia não for o regime de governo do país.