Museu de Arte do Rio inaugura exposição ATLÂNTICOFLORESTA durante cúpula do G20

Mostra celebra cultura afro-brasileira e indígena, ampliando debates sobre resistência e identidade durante o mês da Consciência Negra.

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O Museu de Arte do Rio (MAR) inaugura, no dia 19 de novembro, a exposição ATLÂNTICOFLORESTA, que reúne cerca de 160 obras de artistas brasileiros em um diálogo potente sobre as relações históricas e culturais que moldaram o Brasil. A mostra, que ocorre durante a realização da cúpula do G20 no Rio de Janeiro, destaca a ancestralidade afro-brasileira e indígena, além de narrativas sobre resistência e a convivência com o meio ambiente.

A exposição, que se estende até 23 de fevereiro de 2025, celebra também o mês da Consciência Negra, com entrada gratuita na abertura, marcada para a véspera do feriado do Dia da Consciência Negra.

“Dentro das obras temos pautas como as cosmospercepções indígenas e afro-brasileiras, reflexões sobre o Atlântico como um palco de atrocidades e a convivência com a floresta. O oceano trouxe nossos parentes africanos, e a floresta abrigava nossos parentes indígenas. Esse é o eixo da exposição,” explicou Marcelo Campos, curador-chefe do MAR.


Uma nova dimensão cultural

A ATLÂNTICOFLORESTA é um desdobramento da exposição Atlântico Vermelho, realizada em abril de 2024, na sede da ONU, em Genebra. Na ocasião, a mostra foi destaque no Fórum Permanente de Afrodescendentes, um dos mais importantes eventos da ONU sobre questões étnico-raciais.

Agora, a nova exposição ganha uma dimensão maior ao retornar ao Brasil, com mais de 90% das obras oriundas do acervo do MAR, em um esforço para amplificar vozes historicamente silenciadas.

Entre os artistas cujas obras estão presentes na mostra estão:

  • Rosana Paulino;
  • Jaime Lauriano;
  • Denilson Baniwa;
  • Jaider Esbell;
  • Dalton Paula;
  • Yhuri Cruz;
  • Ventura Profana;
  • Grupo Karajá;
  • Lidia Lisboa, entre outros.

Os trabalhos incluem pinturas, fotografias, esculturas, manufaturas têxteis e vídeos, compondo um panorama diverso da riqueza cultural brasileira.


Contexto do G20 e impacto cultural

A exposição ocorre paralelamente ao G20 Social, uma vertente do G20 que discute inclusão social, sustentabilidade e desenvolvimento econômico. O evento no MAR receberá lideranças internacionais, reforçando o papel do museu como referência cultural nacional e internacional.

“ATLÂNTICOFLORESTA é uma reflexão urgente sobre como culturas e identidades resistem e florescem diante de adversidades históricas. Ela amplifica a importância de colocar a ancestralidade no centro das discussões culturais e sociais,” comentou Rodrigo Rossi, diretor da Organização de Estados Ibero-Americanos (OEI), que gere o MAR em parceria com a Prefeitura do Rio de Janeiro.


Sobre o Museu de Arte do Rio

O MAR, mantido por instituições como o Instituto Cultural Vale, Globo, Equinor, e patrocinado pelo Itaú Unibanco, é um dos principais espaços culturais do Brasil. Sua missão é conectar a cultura carioca ao mundo, promovendo o acesso à arte e ao debate plural.

“Por meio de suas exposições e iniciativas educativas, o MAR não apenas preserva expressões artísticas locais, mas também convida ao diálogo e à reflexão, essenciais para a coesão social,” reforçou Rossi.


Serviço

ATLÂNTICOFLORESTA

  • Local: Museu de Arte do Rio (Praça Mauá, 5, Centro, Rio de Janeiro)
  • Período: 19 de novembro de 2024 a 23 de fevereiro de 2025
  • Horários:
    • Bilheteria: 10h30 às 17h
    • Visitação: 11h às 18h (última entrada às 17h)
  • Ingressos:
    • Inteira: R$ 20,00
    • Meia: R$ 10,00
    • Gratuidade: terças-feiras

Para mais informações sobre ingressos e gratuidade, acesse: www.museudeartedorio.org.br.

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