Desde que a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) se mudou para o “Alerjão”, antigo edifício do Banerj na Rua da Ajuda, o antigo prédio anexo na Praça XV permanece sem uma função definida. Construído na década de 1970, o edifício, com suas características modernas e envidraçadas, contrasta fortemente com as históricas construções da região, como o Paço Imperial, o Chafariz do Mestre Valentim e o Palácio Tiradentes.
O prefeito Eduardo Paes chegou a sugerir a demolição do prédio, argumentando que a estrutura não harmoniza com o conjunto arquitetônico histórico da Praça XV. No entanto, o destino do prédio está envolto em disputas burocráticas. O governo estadual, sob a administração de Cláudio Castro, afirmou em 2022, que o edifício pertence à União, sendo a cessão ao estado restrita ao uso pela Alerj. Uma das alternativas mencionadas seria a devolução do prédio ao governo federal.
A ideia de demolição do prédio ganhou força durante a remoção do elevado da Perimetral entre 2013 e 2014. No entanto, até o momento, nenhuma iniciativa concreta foi tomada.
No final de 2020, uma lei aprovada pelos deputados estaduais e sancionada pelo governador Cláudio Castro autorizou a transformação do prédio no Hospital do Olho, uma proposta que, até agora, também não avançou.
O edifício de 1975 foi erguido no local de uma construção art déco, considerada feia por muitos, datada de 1936. Antes disso, entre a Rua Dom Manuel e a Praça XV, existia uma obra neoclássica projetada pelo engenheiro Pereira Passos, que mais tarde se tornaria prefeito do Rio. Construída em 1875 e demolida em 1936, a edificação abrigou a Secretaria de Estado dos Negócios da Agricultura, Comércio e Obras Públicas e o Ministério da Indústria, Viação e Obras Públicas.
Aquele prédio nem deveria ter sido construido alí. Somente agora que perceberam que aquela área é histórica?
Não tem menor lógica um hospital logo ali na região da Praça XV do anexo da antiga sede da Alerj.
Sem nenhuma inteligência. Uma área cujo potencial poderia ser melhor explorado. Turístico e cultural.
Já um hospital (do olho, do coração, do cérebro ou qualquer outra parte do corpo) poderia muito bem ocupar em qualquer outro prédio público ou privado abandonado ou inutilizado (que certamente são muitos no Centro), caso em que, se privado, poderia ser desapropriado.
olha a diferença…
https://historiasemonumentos.blogspot.com/2015/05/brasil-rj-rio-de-janeiro-antigo.html