O economista e diplomata, Marcílio Marques Moreira lança a sua autobiografia “Marcílio Marques Moreira – O social como elixir”, na próxima quinta-feira (21), a partir das 18h, na Livraria da Travessa do Shopping Leblon, na Zona Sul da cidade. Na obra, Marcílio, que também foi ministro de Estado, resgata os principais momentos da sua trajetória pessoal e profissional, com destaque para a sua formação intelectual e humanista, que o encaminhou para carreira diplomática; trajetória como embaixador do Brasil em Washington; participação na formação do gabinete de notáveis do governo Collor, do qual foi ministro da Fazenda; e a sua atuação na renegociação da dívida externa brasileira. Marcílio Marques Moreira também é Irmão da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro, onde exerce a função de Irmão de Mesa.
Esses e outros momentos de grande relevância nacional foram relatados pelo professor Marcílio Marques Moreira em entrevistas concedidas a Luiz Cesar Faro, João Pedro Faro e Mônica Sinelli, que resultaram em uma densa obra de 491 páginas, editada pela Insight Comunicação.
Em em dos seus primeiros e decisivos atos à frente de ministério da Fazenda no governo de Fernando Collor de Mello (1990 – 1992), o economista Marcílio Marques Moreira relembra que logo após a sua posse como ministro, em 1991, deu início ao planejamento para renegociação da dívida externa brasileira, cujos compromissos com o FMI, o Clube de Paris e os credores particulares deveria recompor diante da decretação da moratória anos antes pelo do ministro Dilson Funaro, no governo José Sarney (1985 – 1990). Após seis meses de governo, Marcílio deu início à etapa conclusiva das negociações em Washington.
“Nesse percurso, consegui o que muitos julgavam impossível: a visita do diretor-geral do Fundo, Michel Camdessus, ao Brasil, em dezembro de 1991, para realizar pessoalmente os entendimentos. Foi uma demonstração de prestígio fora da curva ao País, já que o poder é o ativo dessas instituições. Em 29 de janeiro de 1992, menos de três meses depois do início das negociações, a direção do FMI aprovou o acordo”, conta o diplomata.
O ex-ministro de Fernando Collor relata ainda a sua perplexidade diante do impeachment do ex-presidente, primeiro mandatário eleito por voto direto no período da redemocratização. Em um dos momentos mais tensos da Nova República, o então ministro ficou ao lado do ex-chefe de Estado até os seus últimos minutos no poder.
“O agora ex-presidente da República desceria a imponente rampa projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer pela derradeira vez. Mesmo consciente das agruras e dos percalços inerentes às atividades de um ministro da Economia, eu, ao assumir o cargo, jamais poderia intuir que o desfecho da minha passagem se daria com o impedimento do chefe da nação. Fiquei até o último momento no Palácio do Planalto”, conta o ex-ministro, de 93 anos.
Em outra passagem, Marcílio Marques Moreira fala sobre a sua atuação, a partir de 1996, no Conselho Consultivo de Alto Nível das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, de onde saiu um ano depois, com a extinção do Conselho. Na sequência, assumiu a presidência do Conselho de Administração da Agência de Desenvolvimento Urbano do Rio de Janeiro, fundada por consórcio de universidades, veículos de comunicação, entidades de pesquisa, além do Instituto Brasileiro de Administração Municipal (Ibam). Ao longo da sua extensa e celebrada carreira, Marcílio Marques Moreira trabalhou ou esteve à frente de grandes instituições nacionais e internacionais.
Serviço:
Lançamento: Marcílio Marques Moreira – O social como elixir
Local: Livraria da Travessa | Shopping Leblon | 2º Piso | Av. Afrânio de Melo Franco, 290
Data e horário: 21 de novembro, às 18h
Número de páginas: 491
Valor: R$ 75,00