Estimativa do Instituto Nacional de Câncer (INCA) mostra que, em todo o país, serão registrados 10.980 novos casos de tumor de pâncreas por ano, até 2025. Somente no estado do Rio, serão 1.070 diagnósticos. É importante ressaltar que essa é uma doença de difícil detecção, com comportamento agressivo no corpo e alta taxa de mortalidade.
No Brasil, ainda de acordo com o INCA, sem considerar as ocorrências de pele não melanoma, a doença ocupa a 14ª posição, entre as neoplasias mais frequentes. É responsável por cerca de 1% de todos os tipos de tumores diagnosticados e por 5% do total de mortes causadas pela doença.
A maior incidência se dará entre as mulheres. Vale ressaltar que o risco de se desenvolver esse tipo de tumor cresce com a idade avançada, a partir dos 60 anos. O tipo mais comum da doença é o adenocarcinoma, que se origina no tecido glandular, e corresponde a 90% dos casos.
“O câncer de pâncreas é uma doença complexa e desafiadora, com um prognóstico ainda pouco otimista devido à dificuldade de detecção precoce e à agressividade dos tumores. A conscientização dos fatores de risco e sintomas, bem como o incentivo à pesquisa e aos novos tratamentos, é essencial para enfrentarmos essa neoplasia com mais recursos e melhorar as chances dos pacientes”, destaca Pedro Abreu, oncologista da Oncoclínicas Rio de Janeiro.
Fatores de risco
Obesidade, diabetes tipo 2, tabagismo, consumo excessivo de álcool, baixo consumo de fibras, frutas, vegetais e carnes magras e, ainda, condições genéticas ou hereditárias, como síndrome de Lynch, câncer pancreático familial e pancreatite hereditária.
Sintomas
São sutis e frequentemente confundidos com problemas digestivos comuns, levando ao atraso do diagnóstico. E não costumam aparecer em estágios iniciais da doença: fraqueza; perda de peso e apetite, dores abdominais e nas costas, urina escura, icterícia, náuseas, trombose venosa profunda, diabetes de início recente e piora abrupta de um diabetes já antigo.
Prevenção
A principal recomendação é adotar um estilo de vida saudável e fazer exames de rotina. É necessário evitar a exposição ao tabaco, mesmo de forma passiva, e manter o peso corporal adequado (sobrepeso e obesidade).